NOVAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE AO AEDES AEGYPTI

Em março de 2025 será publicado a segunda edição do livro MAIS VALE 10 MINUTOS DE UM SÁBIO DE QUE A VIDA TODA DE UM TOLO

ATUALIZADO EM 10 DE FEVEREIRO DE 2025

AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS QUE INFLUENCIAM O AVANÇO EXPONENCIAL DO AEDES AEGYPTI NO MUNDO E ESPECIFICAMENTE NO BRASIL E FUNDAMENTAALMENTE EM CUIABÁ ONDE O CLIMA É PERFEITO PARA QUE O AEDES AEGYPTI REPRODUZA EM LARGA ESCALA NOS BAIRROS ONDE ESTÃO UTILIZANDO ESTRATÉGIA DA OMS/MS, ARCAICA DE 30 ANOS QUE NÃO SURTE MAIS EFEITO

 

          Até que nossa população tenha a consciência de como utilizar corretamente o descarte de lixo que pode transformar em criadouros de Aedes aegypti, bem como a prevenção em toda atividade laboral. É, necessário que criemos alternativas conforme a nossa realidade Ecoepidemiológica (Neste caso é apenas uma viés da Ecoepidemiologia = Envolve ecologia do vetor do ser humano no meio ambiente e os agravos que podem serem transmitidos pelo Aedes aegypti em um determinado território, envolvendo a sinapse sobre os determinantes e condicionantes que podem ser agregadas para uma análise holística sobre a presença desse vetor em nosso meio).

          A empresa CONDEIA tem como estratégia a utilização de pluviômetro caseiro para trabalhar a prevenção do Aedes aegypti como umas das ferramentas de trabalho para auxiliar na detecção de lâmina de água que pode ser precipitada por chuvas regulares e irregulares que está acontecendo a nível nacional.

          Essa estratégia foi desenvolvida a mais de 10 anos na região do Pedra 90 em Cuiabá, onde notamos que existe uma grande diferença entre os índices de infestação no período de seca e no período de chuvas, chegando a triplicar os indicadores do índice de infestação no período chuvoso, por termos em nosso meio ambiente uma grande quantidade de criadouros que ainda não foram devidamente trabalhados para interromper o ciclo de vida do Aedes aegypti.

          Assim como a preocupação do renomado glaciologista gaúcho Jefferson Cardia Simões, tem com as condições climáticas deste ano para a frente. Não vai ser diferente para o resto do pais, pois as correntes de ar que levam os rios flutuantes que vem desde a floresta amazônica, passa por cima de vários estados que poderá ser afetado a qualquer momento com a mudança climática possíveis de acontecer devido as condições de mudança no clima a nível mundial.

          Para entendermos melhor essa estratégia vamos recorrer ao livro Manual das Novas Estratégias de Controle ao Aedes aegypti:

             Indice Pluviométrico - Esta é uma Tecnologia Social das “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti, ainda não utilizada em campo de batalha para controle desse vetor.

          O Pluviômetro é um aparelho de meteorologia usado para recolher e medir, em milímetros lineares, a quantidade de líquidos ou sólidos precipitados durante um determinado tempo e local. É muito usado em estações meteorológicas.

             O Pluviômetro significa (pluvio = nuvem carregada de chuva + metro = medida). É um instrumento que recolhe a água da chuva e determina o valor da precipitação, medida em milímetros.

          O Pluviômetro capta a chuva que está caindo. Essa água vai ser armazenada no interior do objeto de captação da água de chuva. Feita a coleta da água de chuva que caiu em determinado tempo, faz-se a medição em centímetros da água acumulada.

          Ao contrário do que as pessoas pensam sobre um Pluviômetro, ele é bem simples de fazer. Você vai precisar praticamente de uma garrafa PET incolor, precisa ser lisa e reta, senão não vai dar certo.

- Vai precisar de uma régia incolor de 20 centímetros;

- Vai precisar de pedrinhas, mas pode ser bolinhas de gude, tem que alguma coisa pesada que não absorva a água;

- Vai precisar de um estilete;

- Uma fita de cor ou mesmo esparadrapo para fixa a régua na garrafa PET;

- Um pouco de água para colocar e ultrapassar as pedras ou bolinhas;

- Primeira coisa a fazer é cortar a garrafa na parte reta, ou seja, a uns 13 centímetros do bico da garrafa;

          Agora é só colocar as pedras ou bola de gude, o ideal é que essas pedras ou bolinhas passem a parte engruvinhada da garrafa, pode colocar o corante somente para ter uma visualização melhor da cor da água, adicione água até ultrapassar as pedras ou bolinhas de gude, cole uma fita ou esparadrapo na direção da lâmina da água, em cima dessa fita ou esparadrapo cole a régua, sendo que o “0” zero centímetro coincida com a lâmina da água. O último passo é colocar a parte da garrafa que foi cortada de bico para baixo, se puder coloque um pequeno pedaço de pano de mosquiteiro para evitar a entrada de mosquito nessa garrafa com água. Como a régua ultrapassou a borda da garrafa cortada, tem-se que cortar esse pedaço da régua para evitar que esse pedaço não deixe que a água da chuva não entre na garrafa.

          Portanto, com seu Pluviômetro pronto vamos ao teste, só existe duas possibilidades de utilizar essa tecnologia com segurança de 100% de possibilidade de dar certo, e, essas duas regrinhas básicas, a primeira é que o Pluviômetro tem que ficar num lugar plano e a segunda é que ele não pode ficar em nenhum lugar onde a chuva seja impedida de chegar até ele, ou seja perto de arvora ou de nenhum muro.

          O tempo de utilização para análise desse Pluviômetro deve ser de 24 horas, ou seja, toda análise de leitura de qualquer Pluviômetro em qualquer parte do mundo a leitura é realizada em cima desse tempo. Pois essas são medidas que constam o quanto de água vai ser coletada nesse tempo para sabermos qual foi a densidade de água que caiu nesse meio ambiente.

         

Especialista Da Antártica Já Havia Emitido Grave Alerta ao RS

Por Alan Da Silva EM 22 MAIO 2024 16:45

 

          O renomado glaciologista gaúcho Jefferson Cardia Simões, aos 64 anos, enfrenta uma crescente preocupação acerca do futuro dos estudos antárticos no Brasil. Com uma carreira dedicada à exploração científica do continente mais austral do planeta, Simões se destaca não apenas por seus feitos, mas também pela inquietação sobre a continuidade de seu legado.

          Eleito novamente para o posto de vice-presidente do Scientific Committee on Antarctic Research (Scar), Simões ocupa também a posição de vice-pró-reitor de Pesquisa na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e acaba de liderar sua vigésima sexta e potencialmente última expedição ao território antártico. 

          Desde o início de sua carreira, Jefferson Simões foi pioneiro: o primeiro brasileiro treinado especificamente para integrar o programa antártico do Brasil. Quarenta anos depois, seus esforços contribuíram significativamente para o entendimento global sobre o continente gelado e as preocupantes mudanças climáticas que o afetam. 

O impacto do aquecimento global

          O continente antártico, vasto em mistérios congelados, desempenha um papel crucial no equilíbrio climático do planeta. Segundo Simões, os estudos realizados na região são fundamentais para entender o passado climático da Terra e prever cenários futuros relacionados às mudanças climáticas. O gelo antártico contém evidências essenciais que ajudam cientistas a reconstruir histórias climáticas de milênios.

          Ao comentar sobre as mudanças climáticas, Simões não esconde sua preocupação. Os fenômenos observados na Antártica servem de alerta para os desafios ambientais globais. Com o olhar atento para o futuro, ele faz um apelo para que mais jovens se interessem pela ciência polar. Ele espera que sua trajetória inspire novas mentes a explorar e a proteger o continente gelado.

Além de seu desejo de se dedicar à escrita de livros sobre suas experiências e estudos, Simões vislumbra um período de transição onde sua maior missão será incentivar e preparar os futuros defensores da pesquisa antártica. 

https://beneficioshoje.com.br/especialista-da-antartica-ja-havia-emitido-grave-alerta-ao-rs/ acessado dia 23/05/2024

 

            Porque as Novas Estratégias é obrigatório o uso de Pluviômetros

 

            Nenhum município deseja passar o que aconteceu com os municípios do Rio Grande do Sul, o Pluviômetro além de ajudar a prever o quantitativo que está exposto através da lamina de água. Ele, pode desencadear informações para que um território possa ser desocupado antes de qualquer inundação.

            Esta é uma estratégia que não é utilizada pelo Ministério da Saúde, porque segue o que está numa estratégia arcaica da OMS.

            As NOVAS estratégias desenvolvidas pela Empresa CONDEIA é elementar que tenhamos o levantamento ecoepidemiológico do território pois é o primeiro passo para conhecer e reconhecer o ambiente em que vivemos.

            Para que pudéssemos fazer nossa parte como cidadão, já apresentamos o projeto da Empresa CONDEIA a gestão de Cuiabá através do Protocolo abaixo, bem como apresentamos a vários vereadores para que possa tomar as devidas providencias para prevenirmos sobre os agravos que podem serem transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti e albopictus, presente em MT.

             PROTOCOLO REALIZADO EM 04/02/2025

 

 

 

 

AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS QUE INFLUENCIAM O AVANÇO EXPONENCIAL DO AEDES AEGYPTI NO MUNDO E ESPECIFICAMENTE NO BRASIL E FUNDAMENTAALMENTE EM CUIABÁ ONDE O CLIMA É PERFEITO PARA QUE O AEDES AEGYPTI REPRODUZA EM LARGA ESCALA NOS BAIRROS ONDE ESTÃO UTILIZANDO ESTRATÉGIA DA OMS/MS, ARCAICA DE 30 ANOS QUE NÃO SURTE MAIS EFEITO

 

          Até que nossa população tenha a consciência de como utilizar corretamente o descarte de lixo que pode transformar em criadouros de Aedes aegypti, bem como a prevenção em toda atividade laboral. É, necessário que criemos alternativas conforme a nossa realidade Ecoepidemiológica (Neste caso é apenas uma viés da Ecoepidemiologia = Envolve ecologia do vetor do ser humano no meio ambiente e os agravos que podem serem transmitidos pelo Aedes aegypti em um determinado território, envolvendo a sinapse sobre os determinantes e condicionantes que podem ser agregadas para uma análise holística sobre a presença desse vetor em nosso meio).

          A empresa CONDEIA tem como estratégia a utilização de pluviômetro caseiro para trabalhar a prevenção do Aedes aegypti como umas das ferramentas de trabalho para auxiliar na detecção de lâmina de água que pode ser precipitada por chuvas regulares e irregulares que está acontecendo a nível nacional.

          Essa estratégia foi desenvolvida a mais de 10 anos na região do Pedra 90 em Cuiabá, onde notamos que existe uma grande diferença entre os índices de infestação no período de seca e no período de chuvas, chegando a triplicar os indicadores do índice de infestação no período chuvoso, por termos em nosso meio ambiente uma grande quantidade de criadouros que ainda não foram devidamente trabalhados para interromper o ciclo de vida do Aedes aegypti.

          Assim como a preocupação do renomado glaciologista gaúcho Jefferson Cardia Simões, tem com as condições climáticas deste ano para a frente. Não vai ser diferente para o resto do pais, pois as correntes de ar que levam os rios flutuantes que vem desde a floresta amazônica, passa por cima de vários estados que poderá ser afetado a qualquer momento com a mudança climática possíveis de acontecer devido as condições de mudança no clima a nível mundial.

          Para entendermos melhor essa estratégia vamos recorrer ao livro Manual das Novas Estratégias de Controle ao Aedes aegypti:

             Indice Pluviométrico - Esta é uma Tecnologia Social das “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti, ainda não utilizada em campo de batalha para controle desse vetor.

          O Pluviômetro é um aparelho de meteorologia usado para recolher e medir, em milímetros lineares, a quantidade de líquidos ou sólidos precipitados durante um determinado tempo e local. É muito usado em estações meteorológicas.

             O Pluviômetro significa (pluvio = nuvem carregada de chuva + metro = medida). É um instrumento que recolhe a água da chuva e determina o valor da precipitação, medida em milímetros.

          O Pluviômetro capta a chuva que está caindo. Essa água vai ser armazenada no interior do objeto de captação da água de chuva. Feita a coleta da água de chuva que caiu em determinado tempo, faz-se a medição em centímetros da água acumulada.

          Ao contrário do que as pessoas pensam sobre um Pluviômetro, ele é bem simples de fazer. Você vai precisar praticamente de uma garrafa PET incolor, precisa ser lisa e reta, senão não vai dar certo.

- Vai precisar de uma régia incolor de 20 centímetros;

- Vai precisar de pedrinhas, mas pode ser bolinhas de gude, tem que alguma coisa pesada que não absorva a água;

- Vai precisar de um estilete;

- Uma fita de cor ou mesmo esparadrapo para fixa a régua na garrafa PET;

- Um pouco de água para colocar e ultrapassar as pedras ou bolinhas;

- Primeira coisa a fazer é cortar a garrafa na parte reta, ou seja, a uns 13 centímetros do bico da garrafa;

          Agora é só colocar as pedras ou bola de gude, o ideal é que essas pedras ou bolinhas passem a parte engruvinhada da garrafa, pode colocar o corante somente para ter uma visualização melhor da cor da água, adicione água até ultrapassar as pedras ou bolinhas de gude, cole uma fita ou esparadrapo na direção da lâmina da água, em cima dessa fita ou esparadrapo cole a régua, sendo que o “0” zero centímetro coincida com a lâmina da água. O último passo é colocar a parte da garrafa que foi cortada de bico para baixo, se puder coloque um pequeno pedaço de pano de mosquiteiro para evitar a entrada de mosquito nessa garrafa com água. Como a régua ultrapassou a borda da garrafa cortada, tem-se que cortar esse pedaço da régua para evitar que esse pedaço não deixe que a água da chuva não entre na garrafa.

          Portanto, com seu Pluviômetro pronto vamos ao teste, só existe duas possibilidades de utilizar essa tecnologia com segurança de 100% de possibilidade de dar certo, e, essas duas regrinhas básicas, a primeira é que o Pluviômetro tem que ficar num lugar plano e a segunda é que ele não pode ficar em nenhum lugar onde a chuva seja impedida de chegar até ele, ou seja perto de arvora ou de nenhum muro.

          O tempo de utilização para análise desse Pluviômetro deve ser de 24 horas, ou seja, toda análise de leitura de qualquer Pluviômetro em qualquer parte do mundo a leitura é realizada em cima desse tempo. Pois essas são medidas que constam o quanto de água vai ser coletada nesse tempo para sabermos qual foi a densidade de água que caiu nesse meio ambiente.

         

Especialista Da Antártica Já Havia Emitido Grave Alerta ao RS

Por Alan Da Silva EM 22 MAIO 2024 16:45

 

          O renomado glaciologista gaúcho Jefferson Cardia Simões, aos 64 anos, enfrenta uma crescente preocupação acerca do futuro dos estudos antárticos no Brasil. Com uma carreira dedicada à exploração científica do continente mais austral do planeta, Simões se destaca não apenas por seus feitos, mas também pela inquietação sobre a continuidade de seu legado.

          Eleito novamente para o posto de vice-presidente do Scientific Committee on Antarctic Research (Scar), Simões ocupa também a posição de vice-pró-reitor de Pesquisa na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e acaba de liderar sua vigésima sexta e potencialmente última expedição ao território antártico. 

          Desde o início de sua carreira, Jefferson Simões foi pioneiro: o primeiro brasileiro treinado especificamente para integrar o programa antártico do Brasil. Quarenta anos depois, seus esforços contribuíram significativamente para o entendimento global sobre o continente gelado e as preocupantes mudanças climáticas que o afetam. 

O impacto do aquecimento global

          O continente antártico, vasto em mistérios congelados, desempenha um papel crucial no equilíbrio climático do planeta. Segundo Simões, os estudos realizados na região são fundamentais para entender o passado climático da Terra e prever cenários futuros relacionados às mudanças climáticas. O gelo antártico contém evidências essenciais que ajudam cientistas a reconstruir histórias climáticas de milênios.

          Ao comentar sobre as mudanças climáticas, Simões não esconde sua preocupação. Os fenômenos observados na Antártica servem de alerta para os desafios ambientais globais. Com o olhar atento para o futuro, ele faz um apelo para que mais jovens se interessem pela ciência polar. Ele espera que sua trajetória inspire novas mentes a explorar e a proteger o continente gelado.

Além de seu desejo de se dedicar à escrita de livros sobre suas experiências e estudos, Simões vislumbra um período de transição onde sua maior missão será incentivar e preparar os futuros defensores da pesquisa antártica. 

https://beneficioshoje.com.br/especialista-da-antartica-ja-havia-emitido-grave-alerta-ao-rs/ acessado dia 23/05/2024

 

            Porque as Novas Estratégias é obrigatório o uso de Pluviômetros

 

            Nenhum município deseja passar o que aconteceu com os municípios do Rio Grande do Sul, o Pluviômetro além de ajudar a prever o quantitativo que está exposto através da lamina de água. Ele, pode desencadear informações para que um território possa ser desocupado antes de qualquer inundação.

            Esta é uma estratégia que não é utilizada pelo Ministério da Saúde, porque segue o que está numa estratégia arcaica da OMS.

            As NOVAS estratégias desenvolvidas pela Empresa CONDEIA é elementar que tenhamos o levantamento ecoepidemiológico do território pois é o primeiro passo para conhecer e reconhecer o ambiente em que vivemos.

            Para que pudéssemos fazer nossa parte como cidadão, já apresentamos o projeto da Empresa CONDEIA a gestão de Cuiabá através do Protocolo abaixo, bem como apresentamos a vários vereadores para que possa tomar as devidas providencias para prevenirmos sobre os agravos que podem serem transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti e albopictus, presente em MT.

             PROTOCOLO REALIZADO EM 04/02/2025

 

 

 

 

O LIVRO Epidemiologia Holística Novas Estratégias de controle ao Aedes aegypti -

Lourenço Santana da Silva, nascido em Cáceres-MT., em 10 de agosto de 1960, à Rua Tiradentes com a Rua da Tapagem, cursou o ensino fundamental na Escola Esperidião Marques e Ensino Médio na Escola Estadual de 1º e 2º Graus “Onze de Março” na cidade de Cáceres. Na cidade de Cuiabá, por não ter condições financeira para fazer um curso preparatório para entrar na faculdadade cursou de novo o Ensino Médio na Escola de 1º e 2º Graus “Aureolina Eustácia Ribeiro” bairro Cidade Verde. No Centro Universitário UNIRONDON fez o curso de Licenciatura em “Ciências  Sociais” de 2001 a 2004 e Bacharelado em “Sociologia” em 2005. EM 2006 e 2007 fez Pós Graduação em “Saúde Pública e Ambiental” no Centro Universitário UNIVAG. Em 2008 fez Pós Graduação em “Georreferenciamento” pela Faculdade Rolim de Moura e 2010 fez curso de Extensão em “Geoprocessamento em Saúde” pelo convênio entre a UFMT/UFG/SES/MT e Ministério da Saúde. Em 2020 terminou de escrever e publicar o livro "Atividade de Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde".

Servidor do MINISTÉRIO DA SAÚDE cedido à SES/MT e lotado do Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana desde o ano 2000.

Agente de Saúde Pública do Ministério da Saúde

Técnico em Vigilância Ambiental em Saúde do ERSBC, responsável pelo Sistema de Informação SISLOC e SISFAD

Graduado em Ciências Sociais - Ano 2004 – Bacharel em Sociologia – Ano 2005 - pelo Centro Universitário UNIRONDON – Registro no DRT/MT0015/2005.

Pós Graduado em Saúde Pública e Ambiental pelo Centro Universitário UNIVAG – Ano 2007

Pós Graduado eGeorreferrenciamento pela Faculdade Rolim de Moura – Ano 2008

Técnico em Geoprocessamento em Saúde pela UFMT/UFG/SES-MT/MINISTÉRIO DA ASÚDE – Ano 2010

Atualmente Lotado no Distrito Sanitário Especial Indigena de Cuiabá DSEI/CUIABÁ/SESAI/MS a partir de Dezembro de 2011

Atividade Laboral: Agente de Saúde Pública

Artigos, Trabalhos e Livros Publicados

CONTROLE DESCENTRALIZADO E INTENSIFICADO AO AEDES AEGYPTI “CONDEIA” pela UNIVAG (Entrar no Google e digitar Condeia) ano 2006

READEQUAÇÃO DOS FORMULÁRIOS UTILIZADOS NO CONTROLE DE VETORES DOS MUNICIPIOS PERTENCENTES AO ESCRITÓRIO REGIONAL DE SAÚDE DA BAIXADA CUIABANA – II EXPOVIG – SES/MT – Ano 2009

MANUAL DE OPERAÇÃO DO PROGRAMA SISLOC E A ATIVIDADE DE RECONHECIMENTO GEOGRÁFICO – II EXPOVIG – SES/MT – Ano 2009

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE TRIATOMINEO E A INIQUIDADE DO CONTROLE VETORIAL: PROPOSTA DE PARCEIRA COM AS ESCOLAS DAS ZONAS RURAIS DOS MUNICIPIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO – I MOSTRA DE PRODUÇÃO E SOCIALIZAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO – Ano 2010

 

LIVROS PUBLICADOS

1 - Manual de Gestão e Fiscalização de Contratos – Gestor Público e o Fiscal de Contrato no Serviço Público – Lourenço Santana da Silva – 2012

2 - Atividade de Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde; (2020)

3 - Controle Descentralizado Integrado e Intensificado ao Aedes aegypti (2020)

4 - Controle Social ao Aedes aegypti como prevenção a dengue, chigungunya, zica vírus, microcefalia e outros agravos (2020)

5 - Novas Estratégias de controle ao Aedes aegypti (2021)

6 - Hortas Plantas e frutos medicinais, xamanismo na gestão na área indígena (2021)

7 - Geoprocessamento em Saúde na área indígena (2020)

8 - Estratégia de Gestão nos Distritos Sanitários Especial Indígena do Brasil (2020)

9 - Controle de Pragas em área de difícil acesso (2021)

10 - Combate Controle e Prevenção ao Caramujo Gigante Africano – Achatina fulica na cidade de Santo Antônio de Leverger-MT (2021)

11 - Banheiro com fossa séptica Biodigestora para localidades de difícil acesso (2021)

12 - MANUAL NOVAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE AO AEDES AEGYPTI (2022)

13 - Novas Estratégias de Reconhecimento Geográfico para os 5570 municipios brasileiros e 130 paises (2022)

14 - Mais vale 10 minutinhos de um sábio do que a vida toda de um tolo (2022)

15 - Epidemiologia Holística no controle ao Aedes aegypti

Epidemiologia Holística no controle ao Aedes aegypti é o livro que trás  o desvelamento do Aedes aegypti, sob a visão holística nunca ainda descrito pela humanidade. Identico as possibilidades do telescópio James Web ele além de realizar o desvelamento desse inseto e as várias metodologias que foram utilizadas para o seu controle 

 

Neste trabalho, pretendo discutir, analisar e apontar quais são as alternativas para os gestores municipais na área de saúde, educação, empresários e comunidade, para realizar o enfrentamento a vetores, principalmente o da dengue. Questões que estão relacionados à Saúde Pública fundamentalmente na área de Vigilância em Saúde. Atividades que estão sendo realizados em campo, e, na área administrativa dos municípios do Estado de Mato Grosso, do Brasil e 130 paises. Atividade de Reconhecimento Geográfico, que não é tida como prioridade em nossos municipios, estados e 130 países. Visto que, a nível nacional, sem ela é impossível fazer o controle com eficiência/eficácia/economia ao mosquito transmissor da Dengue, Chicungunya, Zica virus, Malária, Filariose, Leishmanioses e ao Barbeiro responsável pela Doença de Chagas, Caramujo Gigante Africano, Esquistossomose, do controle à Hanseníase e Tuberculose e outros agravos na área de Atenção Básica.

          Mas, como ativar a atividade de Reconhecimento Geográfico para que não aconteça mais óbito fulminante por Doença de Chagas (por caldo de cana, suco, etc). A discussão de uma metodologia de Controle ao Caramujo Gigante Africano (Achatina fulica) que vem de forma avassaladora infestando nossos municípios. Rediscutir o papel da área de Educação em Saúde que não é prioridade número um nos municípios e Regionais de Saúde. O controle do mosquito Aedes aegypti que em nosso estado vem a mais de 20 anos com a mesma metodologia. Questões de pesquisa que faltam ao nosso Estado, a respeito da Esquistossomose, fundamentalmente em Cuiabá.

          Antes de mais nada, preciso expor alguns dos motivos que me levaram a uma aproximação com tais temas de pesquisa, investigação e principalmente o acompanhamento em campo dessas atividades que buscam ainda fazer o enfrentamento a vetores de forma ultrapassada.

          Após todo trabalho para finalização deste projeto, percebi que a minha trajetória se identifica muito com a do John Snow, que inicialmente foi desacreditado em sua percepção e somente após muita insistência de 20ª  anos, pode contribuir diretamente com a humanidade que utilizam sua técnica epidemiológica até os dias atuais.

          Percebi que essa escolha começa com a minha própria história de vida dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Tudo isso devo ao amigo DENIS DE ALMEIDA RIBEIRO.  Antes da descentralização o nosso órgão tinha como meta que os servidores da SUCAM/FUNASA seriam os responsáveis pelo funcionamento do Sistema Único de Saúde. Lutamos muito pela maneira com que houve a descentralização da Fundação Nacional de Saúde. Entender o significado do SUS à luz de lamparina. Na minha memória, emergem, quase como se fosse hoje, as várias intervenções como servidor ainda da SUCAM nas Conferencias Municipais de Saúde. Tanto que, os municípios que não tinham condições de encaminhar suas conferencias municipais, a nossa equipe em Cáceres-MT, deslocava com dois meses de antecedência e ajudávamos os gestores a realizar essas conferencias que foram de fundamental importância para hoje termos em nossa região o Sistema Único de Saúde funcionando em nosso Estado.

          Alguns colegas e amigos foram muito importantes na contextualização das Conferencias dentro do Estado de Mato Grosso. O finado Washington Luiz Pinto Galvão e João de Deus da Silva Filho de Sinop. Suas participações em Conferencias Municipais de Saúde para defender os interesses dos trabalhadores da FUNASA e consequentemente os trabalhos para a classe menos favorecidas foram fundamentais para que fossem discutidas questões que os munícipes desconheciam e passaram a perceber que as atividades que seriam descentralizadas aos municípios seriam deixadas para um segundo plano. E isso tem repercutido até hoje no controle ao mosquito Aedes aegypti. Pois estamos em 2022 onde 100% dos municipios brasileiros enfrentam o Aedes aegypti em seus municipios.

         

Através de nossa Confederação dos Servidores Públicos Federais (CONDSEF) e dos Sindicatos Gerias em cada Estado, e, em Mato Grosso o Sindicato (SINDSEP-MT – Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Mato Grosso) onde nas conferencias em que tínhamos peso de voto com participação maciça a nível estadual e nacional, conseguimos nos primeiros momentos barrar a descentralização da forma que os governadores e prefeitos queriam: (somente os carros da FUNASA). Desde aquele momento defendíamos que a Fundação Nacional de Saúde não deveria ser descentralizada sem antes termos realizado as capacitações dos servidores e sem antes termos certeza de que as atividades que deveriam ser descentralizadas aos estados e municípios não fossem interrompidas. Queríamos garantir a população de baixa renda que é a mais afetada com as políticas públicas, ações voltadas para garantir os seus diretos conforme a Constituição Federal de 1988.

          Em nenhum momento éramos contra a descentralização, sempre discutíamos a nível nacional que era irreversível a descentralização. Mas, a nossa discussão sempre foi como a maneira que ela chegaria, verticalizada de cima para baixo sem discussão entre os trabalhadores que foram os mais afetados, consequentemente a grande maioria da população é que sentiu esse drama.

          O resultado dessa política da descentralização hoje tem resultados contabilizados em que todos os municipios (141) do estado de Mato Grosso se encontram com a presença do Aedes aegypti. Após esses 22 anos temos 100% (cem por cento) dos municipios brasileiros com presença desse vetor. Além de que no mundo temos 130 paises com a presença do Aedes aegypti.

          Esse reflexo tem estampado até para os mais leigos. Pergunta-se? qual foi o único órgão do governo federal que esteve ao lado do trabalhador em qualquer parte do território nacional. Para esses desbravadores não tinha distancia, dia e nem hora, o mais importante era levar Saúde Pública para quem dependia somente de nossa presença nos lugares mais inimagináveis que alguém pudesse pensar que existia uma vida humana morando e abrindo o nosso estado de MT para o agro negócio.

          Vivi a minha infância e parte de minha adolescência vendo e ouvindo a história do pessoal da SUCAM, visto que, morava quase nos fundos do Distrito 01 – Cáceres-MT, no bairro Cidade Alta, era de onde esses guerreiros saiam para salvar vidas.

          Naquela época, eu não dava valor às atividades que a SUCAM desenvolvia. O que me motivou foi ver a possibilidade de estar trabalhando nessa instituição foi eu ter recém saído de um ano trabalhando no Banco Brasileiro de Desconto – BRADESCO em Cáceres-MT e ter a possibilidade de estar no serviço Público Federal. Acostumado trabalhar em ambiente que tinha ar condicionado, dormir em uma casa numa cama macia, foi difícil ter que acostumar, dormir em rede, e, não ter hora certa de fazer as refeições, ou mesmo, dia que não tínhamos lugar para fazer o almoço ou jantar, dia de chuva dormindo em casa tipo tapera (tapera é casa que não tinha morador há muito tempo), mas quando chovia, tínhamos que dormir com a rede debaixo dos braços para que não molhasse, e pudéssemos dormir em rede seca noutro dia. Quantas e quantas vezes dormimos em seis dentro de uma caminhonete C-10 Cabine Dupla em qualquer atoleiro da vida, para que pudéssemos chegar onde estava sendo aberta uma fazenda, grilo rural (grilo rural é o mesmo que abertura de uma comunidade com vários sítios em área distante ou não de um centro urbano), e, era justamente lá que precisavam de nossa atividade de borrifação contra o mosquito da malária. No primeiro momento foi difícil encarar a realidade que era ficar longe da família por mais de um mês. Esse reflexo é visto com as famílias de meus companheiros muitos já se foram por causa desse trabalho (lidar com veneno), outros já não tem sua família porque à distância o obrigava a ficar com outra mulher em outra cidade. Tanto que, é o órgão do governo federal que mais existe separação familiar, bem como, é o órgão que mais existe óbito prematuro após a aposentadoria. Segundo levantamento do setor de Saúde do Trabalhador da FUNASA CORE/MT, a expectativa de vida de um servidor da FUNASA hoje ano 2022 todos de volta ao Ministério da Saúde, que lidou com inseticida é de no máximo 05 a 07 anos de vida após a sua aposentadoria. Após conhecimento dos servidores dessa possibilidade, vários foram os quais se aposentaram após os setenta (75) anos de idade e muitos nem querem aposentar, mesmo tendo tempo de contribuição e trinta e cinco anos de serviço público, conforme preconiza Lei Federal para aposentadoria no serviço público. Hoje todos querem ficar até os 75 anos.

          Em pleno ano de 2022, ainda tem servidores da antiga SUCAM que trabalham nos Distritos Sanitários Especial Indígena (DSEI), ainda mais que há a possibilidade dos mesmos se aposentarem com 75 anos. Uma porque sabem que a problemática de uma aposentadoria que rebaixa até 40% do salário. Outra por questões bastante conhecida que mexe com a cabeça nossa, se aposentar poderá vir a óbito após 5 a 7 anos. Outra, a grande maioria, nunca teve tempo para estudar. E, outros tem no serviço um meio de ocupar seu tempo ao invés de ficar em casa dando raiva para a patroa.

          Com toda essa coisa da travessia do mar negro (COVID-19), tem-se a luta pela PEC 101/2019, que teve início a muito tempo que chegou por um Senador do Acre em 2019 no Congresso, para solicitar gratuitamente um plano de saúde para os quais atravessaram todos esses anos lidando com veneno.

          Na minha memória ainda tenho guardado imagens que nenhum de vocês nem imaginam que existiu em nossas terras em Mato Grosso, pois nós da FUNASA vimos nascer a agronegócio, porque ajudamos a esses trabalhadores nas horas que mais precisou do serviço público. Hoje vejo a soja, algodão culturas antes nem pensada em nosso estado, e, me volta àquela lembrança de que nós, naquele tempo éramos felizes e não sabia. Tínhamos dificuldade, sim, mas era para ser vencida, tínhamos um lema dentro da instituição (SUCAM) problemas existem. Portanto, é para ser resolvido, trago essa lição de vida comigo até hoje.

          Na década de 80 quando entrei na instituição federal SUCAM o sistema ainda era militarizado, tínhamos que entrar em forma tipo exército, barba feita todos os dias, cabelo cortado baixo, unhas aparadas. O cinto tinha que estar brilhando, tínhamos que comprar KAO para lustrar o capacete e cinto. A gandola e a calça brim caqui tinham que estar passadas, ou seja, engomados, passado ferro com goma para início dos trabalhos. O capacete tinha que estar lustrando, mesmo, em equipe tinha que entrar em forma e existia chamada de nome a nome para verificar as condições da equipe e equipamento para início das atividades diárias. A botina tinha que estar brilhando, usávamos uma lata de graxa preta de sapato, usávamos todos os dias para engraxar a botina. Mas, isto era necessário porque, o veneno (MALATHYON, BHC, DDT e por último K’othrine) ao realizar a borrifação o veneno cai na botina e danificava-a o mais rápido do que aquelas que não fossem lubrificadas com graxa preta. Agora, imaginem o que não vem fazendo em nossos organismos durante esses mais de vinte anos em contato direto, principalmente com o organofosforado. Companheiros nossos ao realizar exames com maior resolutividade na cidade de Rondonópolis foi detectado veneno em seu sangue mesmo após 20 anos sem contato com o mesmo. 

         

Entre outras coisas que aconteceu conosco na década militarizada da SUCAM, foi um dos fatos mais interessantes. Quando um técnico realizava supervisão na área de campo, tínhamos que ficar perfilados e apresentar tipo soldado do exército, nome, número da equipe, número de guarda da equipe e a atividade que estava sendo realizada. Só faltava prestar continência, mas, muitos o faziam. Outra era a forma com que as atividades de início de ano eram realizadas. Todo o contingente do Distrito mais de 100 homens em forma num sol escaldante, esperando a leitura de programação e formação das equipes. Hoje, esses companheiros estão quase todos aposentados, tem colegas nossos que deixa de passar por tal rua, só para não passar pela frente da casa daqueles que impuseram o trabalho naquela época a base de ferro e fogo. Eu, particularmente, não vejo dessa forma, porque esses companheiros foram vítimas do sistema militar. Eu, servi o exército no 66º Batalhão de Infantaria Motorizada por metade de um ano e noutra metade passou a ser denominado de 2º Batalhão de Fronteira, nossa turma foram uma das únicas que serviu em dois Batalhão num mesmo ano, onde tinha como Comandante o Coronel Leite grande incentivador dos esportes em Cáceres-MT. Pois, até hoje tem o meu nome gravado numa placa dentro do Batalhão, onde conseguimos ganhar o troféu mais cobiçado das olimpíadas do exército através das brigadas por estado, onde conquistamos o 3º lugar na Corrida de Facho em Campo Grande - MS, em 1979. Pois, precisávamos de pelo menos essa colocação para ser o Batalhão vencedor das Olimpíadas do Exército de nossa região. Lembro de nosso treinador Sgto. Barros, treinei ao lado de um campeão em corridas do Estado chamado cabo Laércio, e outros colegas do batalhão.

          Mas, voltando, a formação das equipes era feita pelo responsável técnico, ou seja, um Supervisor Geral responsável pela área técnica que montava a programação e lia nome por nome da formação das equipes que iniciariam o ciclo de trabalho (ciclo de trabalho é a denominação dada para o período de 06 meses de atividade de campo ‘borrifação’ realizada pelas equipes organizada no início e meio do ano. Então, em um ano tínhamos dois ciclos de atividades). Mas, essa formação tinha um cunho político, onde aqueles servidores que se rebelavam contra as normas militares que era aplicadas pelos Supervisores Gerais, eram mandados para os itinerários mais longínquos do Distrito, ou seja, Vila Bela da Santíssima Trindade - MT na equipe 1063 – que tinha início na Serra da Borda divisa do município de Pontes e Lacerda-MT., passando por Vila Bela indo até a divisa da Bolívia, descendo o Rio Guaporé no sentido rio acima em direção ao Destacamento do Exército Brasileiro denominado de Palmarito, e, rio abaixo em direção a Serra do PINA e Serra Ricardo Franco, onde eram poucas as equipes que conseguiram chegar lá. Nesse itinerário conheci uma madeireira que estava começando suas atividades para o Grupo que se denominava City Lar, esta era a última localidade desse itinerário a 80 km da cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade. Neste itinerário conseguimos, realizar uma atividade que há décadas não vinha sendo realizada. Foi possível realizarmos nosso trabalho, somente porque compramos de nosso próprio bolso dois jogos de pastilha para a viatura C-10 que nos atendia. Para conseguir tal façanha foi necessário gastar um jogo de pastilhas de freio para subida e outro jogo de pastilha para descida, vê-se a dificuldade que era para estar onde tinha algum ser humano. Em compensação a vista que tínhamos dessa Serra ficou guardado até hoje em minha memória, nunca vou esquecer. Conseguíamos ver até o município de Pontes e Lacerda quando o tempo estava limpo, ou seja, a noite o céu iluminado sem nuvens. A visão era igual à da subida da serra que chega em Chapada dos Guimarães. Em noites que não tem nuvens consegue-se ver Cuiabá-MT. Nessa fazenda em que ficamos cerca de 6 dias, a grande maioria dos peões faziam a lida de gado com moto, por ser muito distante de um local para outro e grande maioria dos locais ser totalmente capim natural e ser uma imensa planície em cima daquele planalto. A carne era tão abundante que existia varais de carne seca, quando terminamos nosso serviço o gerente da fazenda, deu para cada um de nós um saco de carne seca, para renovar a carne de seu varal.

          E, foi justamente nessa época que iniciei a desenvolver novas estratégias de controle de vetores com a confecção de um mapa de conjunto numa folha de papel manteiga que guardo comigo até hoje. Isso, se torna real a minha intenção porque eu tinha que guardar uma folha de papel dos trabalhos dessa época, só DEUS sabia da sua intenção para com a humanidade para acontecer isso.

          Outro itinerário era o da equipe 1073 que tinha início em uma cidade fantasma denominada de Padronal, creio que nem existe mais. Este itinerário tinha início na BR 163 (antiga BR velha) após a cidade de Comodoro até o Estado vizinho de Rondônia. Então veja só, como eram tratados os servidores que rebelavam contra o regime militar. Eu, por exemplo, conheci estes dois itinerários como a palma de minha mão, até hoje guardo comigo o Mapa de Conjunto que fiz do itinerário da equipe 1063 – Vila Bela-MT. Como eu conhecia todas as estradas e quilometragem da estrada mestre até cada sitio, fazenda, povoado, distrito, cidade, comprei uma folha de papel manteiga de um metro por um metro e desenhei o itinerário com todos seus detalhes e limítrofes, bem como os pontos onde a equipe poderiam pernoitar, passar os finais de semana, fazenda onde poderia nos dar refeição, fazenda onde o capataz ou gerente poderia nos fornece mantimento e até gasolina para realizarmos algumas visitas nas festas que eram realizadas nos finais de semana, visto que, tínhamos um calendário das grandes festas que eram realizadas na região e tínhamos anotados no Mapa de Conjunto todas as festas da região.

          Esta foi uma atividade que me despertou para compreender melhor a importância do Reconhecimento Geográfico (RG), eu vi que esse simples desenho não servia apenas para que encontrássemos os sítios e fazendas, como conhecer com maior profundidade o território, visto que sempre gostei de desenhar e passar para o lado profissional fazendo aquilo que você gosta foi um passo. Portanto, a atividade de RG vem me acompanhando desde 1985 a mais de trinta anos. Através do Mapa de Conjunto eu podia verificar quais eram as doenças predominantes por região geográfica do itinerário. Antes de iniciar nossas atividades dirigíamos a Secretaria de Saúde de Vila Bela e perguntávamos quais eram as doenças que estavam acontecendo na região. Visto que, se algum servidor contraísse alguma doença no desempenho de sua função, poderia entrar em tratamento, mas, perdia a diária de campo, após os anos 90 passou a denominar de indenização de campo, hoje ela foi transformada em GACEM. Trabalhar com Mapa Temático era para não expor os meus companheiros, a perder dinheiro de seu pagamento ou a contrair uma doença (malária) que era muito pior, visto que, na época eu desempenhava a função que era denominado na instituição de Guarda Chefe (Guarda Chefe era o responsável pela equipe de um itinerário). Sua atividade, além de zelar pela integridade dos companheiros, tinha a missão de repassar as atribuições para os seus comandados, bem como ficar responsável pela atualização do Reconhecimento Geográfico. Isto, porque o itinerário somente era entregue na instituição quando estavam todos os croqui (mais de duzentos croqui) atualizados, com números de imóveis existente e habitantes residentes e qual foi a atividade realizada. Lembro-me na época que o pessoal do IBGE que faziam levantamento na zona rural dos municípios onde estávamos trabalhando emprestavam nossos mapas croqui atualizados e preenchiam seus formulários para serem entregues no IBGE. Naquela época eu não tinha noção exata do que aquilo significava. Já que passávamos informações exatas sobre as localidades, número de casas e de habitantes por faixa etária, visto que, as informações que passávamos eram fidedignas, porque sempre estávamos presente em cada casa do itinerário em qualquer parte do País duas vezes ao ano. Hoje ainda acontece em municípios que emprestam seus croquis da área rural para o pessoal do IBGE atualizar seus bancos de dados.

          Lembrando que, antes de ser um guarda chefe passei por todas as fases de guarda, 1,2, 3 e 4, diz a lenda na instituição, que o guarda 4 não podia comer ovo, visto que existia uma hierarquia onde o guarda 4 era o último a servir sua refeição.

          Trabalhei com um guarda chefe que era muito sábio, Nestor Moreno Mercado, ele para desfazer de muita conversa era rápido com o morador, quando este falava muito ele tinha um ditado “Meu senhor você não se importa de deixar o senhor falando sozinho, é que temos muitas casas para trabalhar e se ficar aqui conversando não vou conseguir fazer outras casas”. Tinha, outra coisa o mesmo carregava duas carteiras. Um belo dia perguntei, seu Nestor porque o senhor carrega duas carteiras, ele me respondeu: uma é para comprar revolver e outra é só para comprar bala. Se fosse na Ucrânia em 2022, acho que tinha serventia total.

          Outro guarda chefe emblemático, sério mais muito competente que trabalhei foi o finado Ilzo José da Silva, uma pessoa muito sensacional, mas o pequeno defeito que tinha era trabalhar até as 17 horas em ponto. Aí ficava difícil arrumar uma casa abandonada para dormir.

          Certo dia ao termino do trabalho as 17:00 já estava escuro no meio da mata, encontramos uma tapera que dava de alojar todos, e fomos pegar água para tomar banho e fazer a janta. Como tinha chovido horas atrás o terreno estava escorregadio, estávamos colocando a nossa corda nos baldes para puxar água da cacimba, ( Obs.O mesmo balde que utilizamos para temperar o veneno DDT “fazer a massa homogênea”, servia para tomar banho e fazer nossa comida) nisso o nosso amigo Ilzo escorregou e fez uma pirueta e eu o segurei, para não cair dentro da cacimba, ai ele disse “se eu não fosse rápido iria cair nessa cacimba” eu respondi para o mesmo “pode ficar tranquilo”. Ele retrucou, mas porquê? Eu respondi, “merda não afunda”, todos riram serviu de descontração, para o dia de difícil trabalho com chuva, mas o mesmo não gostou da brincadeira, aí eu pedi desculpa para o mesmo, e a vida segue.

          Trabalhei também com um guarda chefe onde tomei a decisão de voltar a estudar. Estávamos no destacamento Palmarito num sábado, fui o primeiro a levantar, e disse vou mudar de vida, vou mudar meus paradigmas, essa aqui não é vida para quem precisa fazer alguma coisa diferenciada. O guarda chefe me respondeu, você nasceu para ser guarda, portanto, sempre será guarda. Mas, retruquei, se eu tiver força de vontade eu posso mudar e vou conseguir. Ai, o pessoal acordou e começou a ladainha de sempre, nas condições nossa ninguém consegue, como você vai viver sem diária. A vida em Cuiabá é difícil, tem que pegar ônibus todos os dias. Mas, coloquei essa mudança na cabeça e comecei a incitar minha esposa que tínhamos que mudar de Cáceres, foi tanta insistência que em 1997. Viemos todos para Cuiabá.

          Cada trecho dessa vida de malaco (nome dado pelas damas da vida para aqueles que trabalhavam com malária na antiga SUCAM). Tendencialmente, em um outro momento isto poderá vir a fazer parte de um livro cuja memória está esquecida, o pessoal da SUCAM que contribuíram para a formação deste país com suas próprias vidas de forma direta e estão hoje em segundo plano no governo federal, estadual e municipal.

          Em 1992 fui convidado pelo então supervisor Kazuto Soma a liderar uma equipe de RG, viemos uma equipe de 16 servidores de Cáceres. E, devido o duro trabalho de refazer toda atividade de Reconhecimento Geográfico de Cuiabá, foram poucos os quais aguentaram essa dureza, o gasto de sola de sapato era tanta que um sapato por mês era gasto, pois tanto que era necessário andar, para fazer o traçado de todos os bairros da capital. Como da nossa equipe ficou somente eu e outras pessoas que moravam em Cuiabá. Criei uma nova estratégia de desenhar os bairros de Cuiabá. Antes de ir para o campo eu desenha os bairros de acordo com que estava na lista telefônica, chegava a fazer três a quatro desenho dos bairros por dia e terminava e entregava as equipes complementares de atualização, muitas vezes desenhávamos até 5 bairros para colocar número nos quarteirões e número de imóveis. O pessoal não compreendia porque eu desenhava tanto croqui por semana. Desenvolvi a técnica de desenho da lista telefônica, visto que os mapas da agenda telefônica era informações geoprocessada, já nessa época, pois sendo uma imagem da realidade os mapas saiam iguais a realidade dos bairros. Tanto que fui convidado para dar treinamento em outros municípios do Estado. Fazendo o croqui de cidades somente utilizando essa técnica e repassando para os agentes locais. Essa técnica foi tão apurada que conseguia desenhar o bairro somente andando de carro pelas ruas e traçando os quarteirões com os nomes das ruas e deixando o serviço restante para o pessoal. Nessa atividade eu ficava muito tempo fora de casa, visto que ao vir para Cuiabá, tínhamos que deslocar para outros municípios do interior que estavam na sua grande maioria desatualizados seu Reconhecimento Geográfico. Portanto, já desenhei muito, mais muito croqui nessa vida. Desenvolvi uma técnica tão apurada que era somente bater o olho numa lista telefônica já entendia a área geográfica do município de acordo com o posicionamento do sol. Aí ficava fácil desenhar e atualizar o RG. A produtividade era tão alta, enquanto um colega desenhava 1 ou 2 croquis em duas semanas eu desenhava até 4,5 e muitas vezes até 6, em uma semana. O pessoal não entendia como eu fazia para entregar tanto croqui para atualizar. Depois dessa explicação aqui, todos saberão. A vida segue, ou você vira um profissional na sua área ou continua sendo um simples trabalhador, procurar evoluir é sua iniciativa pessoal, quebre seus próprios paradigmas.

          No ano de 1993, tivemos um Coordenador já na FUNASA, Dr, Francisco Mario Monteiro Fortes, (visto que, em 1990, passamos do Regime Celetista “CLT” para Regime Jurídico Único RJU, sendo que as instituições SUCAM e Fundação SESP se unificaram no serviço púbico). Este coordenador que conseguiu realizar o 1º Concurso Interno dentro dessa nova instituição. Tivemos que fazer vários testes seletivos eliminatórios onde mais de 500 servidores do Estado se inscreveram e somente 30 conseguiu obter média para fazer este primeiro e único “Curso de Formação de Supervisor de Endemias”, no Estado de Mato Grosso.

          A partir de 1993 já terminado o curso de Supervisor de Endemias e fazendo jus a essa nova função fui trabalhar nos municípios de Jauru, Figueirópolis, Indiavaí até meados de 1995.

          De 1995 a 1997 dediquei minha atividade ao Sindicato da categoria, no momento mais importante do movimento sindical, visto que, nossos salários tinham complementação para alcançar o salário mínimo.  Uma das pessoas que me ensinou como  administrar um sindicato foi Marilene Guimaraes de Jesus. E isso possibilitou minha administração na presidência do SINDSPREV-MT em 2017.

          A partir de minha vinda para Cuiabá em 1997 com toda minha família voltei a estudar na Escola Estadual de 1º e 2º Graus “Prof.ª. Aurelina Eustáquio Ribeiro” no bairro cidade verde, para atualizar meu conhecimento voltei a cursar o ensino médio e passei há dedicar meu tempo ao Sindicato de nossa categoria. Com meu retorno as atividades de campo no final de 1997 fui ser responsável por um caminhão caçamba que estava executando uma atividade de retirada de lixo da dengue de todos os bairros de Cuiabá. Para esta função somente era mandado aqueles que eram indesejáveis para os chefes do antigo Distrito Técnico de Cuiabá comandada por servidores da mesma instituição que não é neste momento e nem eu que vai fazer esse julgamento. Mas, eu via com outro olhar essa atividade, “tenho comigo até hoje o seguinte lema de vida ‘onde você vê dificuldade, eu vejo possibilidade’”, o mutirão de limpeza era responsável pela retirada de criadouros do mosquito Aedes aegypti de todos os bairros da capital, e, ainda hoje é necessário para que não aconteça casos de óbitos por dengue. Para que isso fique provado, verifique os municípios que realizam esse tipo de atividade e aqueles que não realizam o mutirão de limpeza durante o ano. Citamos como exemplo os óbitos por dengue em Mato Grosso no ano de 2008 e 2009 ocorreram onde os gestores não realizam essa atividade. Resumindo, são os gestores uns dos responsáveis por ter acontecido inúmeros óbitos em nossas cidades em Mato Grosso. Porque, não se combate ao mosquito Aedes aegypti, somente com propaganda na televisão e distribuindo folhetos na cidade, e sim, colocando a mão na massa. Esses gestores na época da FUNASA, eram intimados a realizar o mutirão de limpeza em sua cidade. Caso não realizassem o mutirão de limpeza, as atividades de controle de endemias eram praticamente retiradas de sua área geográfica. Na época esse controle era realizado pelo setor técnico da FUNASA, os supervisores gerais eram designados para convencer os gestores a realizar o mutirão de limpeza, para aqueles que não realizassem essa atividade eram tratados de forma diferenciada.

          A cidade de Cuiabá na década de 90, todo ano fazia-se nebulização espacial com Ultra Baixo Volume (UBV) Pesado ( Nebulização Espacial com carro acoplado com Bomba Leco na traseira) para atividade de nebulização. Foi trabalhando ativamente nesta atividade que aprendi a lidar com planejamento da atividade de UBV-Pesado. Nessa época os recursos para se fazer a Nebulização Espacial eram irrisórios e tínhamos que desenvolver técnicas operacionais de campo de acordo com que preconizava as normas operacionais da Organização Mundial de Saúde (OMS). A partir de então foi que conseguimos assimilar a arte de realizar um planejamento com poucos recursos na atividade de campo de Nebulização Espacial (UBV-Pesado e Leve).

          No final de 1998, foi implantado os sistemas informatizados do DATASUS, e, por falta de servidor (visto que: a grande maioria do pessoal da FUNASA, não sabia nem como ligar um computador) que tinha conhecimento em informática no Distrito Técnico de Cuiabá eram raros, fui convidado para digitar todo serviço dos programas informatizados Sistema de Referencial Geográfico (SISLOC) e do Programa de Febre amarela e Dengue na época denominado de Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue (FAD), depois denominado de SISFAD e atualmente de SISPNCD. Leishmaniose e Doença de Chagas (PCDCH) que eram realizados por todos os municípios pertencentes ao então Distrito Técnico de Cuiabá, naquela época os municípios pertencentes ao Distrito eram: Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Paranatinga e Gaúcha do Norte.

          Em 1999 fui ser supervisor de endemias na cidade de Várzea Grande, e, 2000 em Cuiabá. A partir deste ano como supervisor de campo no controle da Dengue realizei o primeiro trabalho direcionado na área de Educação em Saúde com ajuda do sindicato e dos agentes que trabalhavam comigo (Leocinei, Berenice, Isabel, Rosangela, Lindinalva, Luciana, e outras companheiras que no momento não me lembro, éramos 28 vinte e oito pessoas) na grande área denominada de Pedra 90. (o que denominava Pedra 90 nessa temporalidade, era desde o Atacadão entrada para o Bairro Tijucal até a Comunidade da zona rural Cinturão Verde). Visto que, os gestores municipais em Cuiabá não apoiaram uma proposta, de que, a área de educação tem que ser referencial para as atividades de prevenção, ou seja, temos que formar novos cidadãos, com visão voltada para um meio ambiente mais saudável, sem utilizarmos inseticidas para o controle do mosquito transmissor da dengue. A criança pedagogicamente tem que ser preenchida todos os sentidos: Tato, Olfato, Audição, Visão e Paladar, ela é igual São Tomé, só acredita vendo, mas, se ela não manusear não fica contente, não preenche todas as lacunas no aprendizado. Visto que, é muito mais fácil uma criança ensinar um adulto (os pais) do que nós trabalhadores da saúde querer conscientizar as pessoas da comunidade que tem suas regras de convivência. Portanto, desde o ano 2000 eu já tinha plena certeza que trabalhar sem inseticida era possível. E, após aprofundar mais o conhecimento a certeza passou a ser um sonho possível de ser realizado. Sonhar com os olhos abertos é possível, ainda mais quando você está com os pés no chão.

          Em 2000 comecei a escrever sobre a minha área de conhecimento Reconhecimento Geográfica, pela bagagem que carregava sobre o tema a mais de 25 anos.

          Foi aí que percebi que verdadeiramente precisava me reciclar, buscar o conhecimento daquilo que estava fazendo, e, como já tinha me atualizado, após muito tempo fora da escola, terminado o 2º Grau, em uma escola ao lado de minha casa, consegui passar em seletiva na Faculdade Unirondon, para fazer Ciências Sociais, na época passou a ser Centro Universitário UNIRONDON.

          Porque fui fazer Ciências Sociais? Como já tenho comigo, antes de qualquer proposta, faça um breve levantamento e veja as possibilidades. Fiz um prévio levantamento na minha instituição e vários companheiros estavam fazendo, terminando ou terminado o Curso de Biologia. Mas, ninguém estava pensando em aplicar isso na prática de campo no enfrentamento a Dengue. Uma pela falta de interesse, outra pela falta de conhecimento. O curso era somente para ter o nível superior, ou mesmo, para conseguir outra atividade afim de complementar a sua renda familiar. Quem, queira fazer esse levantamento no serviço público vai ficar estarrecido ao saber o quanto de nível superior que existe, mas que, não toma nenhuma iniciativa para encarar a realidade de seu município. Isto, não é puxa-saquismo, e sim questão de cidadania. Este é o lugar que escolhi para viver. Portanto, escolhi percorrer o caminho contrário da Biologia, primeiro queria ter uma base de entendimento do ser humano. Como diz SUN TZU ( 孙武;) em seu livro A Arte da Guerra, primeiro você tem que conhecer a si mesmo, para depois conhecer seu inimigo. E já de novo voltando a minha atividade principal Reconhecimento Geográfico, o mesmo autor diz: primeiro tem que conhecer o terreno onde vai acontecer a batalha para depois traçar suas estratégias para poder de fato vencer a guerra.

          Foi nessa época que desenvolvi o trabalho junto das escolas na região do Pedra 90 e iniciei a colocar na estratégia rapport o seguinte lema “com apenas 10 minutinhos por semana voce consegue controlar o mosquito da dengue”.

          Durante os anos de 2001 a 2004, fui o primeiro de minha família que de fato conseguiu cursar uma Universidade. Mas, não fiquei parado com o trabalho de Reconhecimento Geográfico, a cada ano eu tinha a consciência que estava no caminho certo, mesmo sem ter publicado o trabalho de “Como Utilizar o Reconhecimento Geográfico no Combate a Vetores” passei algumas cópias para companheiros e companheiras do SUS, inclusive vem sendo utilizado como base em treinamento sobre RG pela Secretaria de Estado de Saúde em Mato Grosso. O Sistema Único de Saúde precisa de Base. E, sem um conhecimento prévio sobre essa área de atuação, não tem como dar certo as ações de campo nas Grandes Endemias, a atividade de Reconhecimento Geográfico é a base que tantos procuram e não sabem como encontrar essa realidade, ela está a nossa frente a um palmo de nosso nariz e não se consegue ver, por que muitos desconhecem o potencial do RG.

          No ano de 2001, quando fomos descentralizados eu fiquei no então Polo Regional de Saúde de Cuiabá, logo após se transformou em ERSBC.

          Foi uma transição entre profissionais, só que, fomos trabalhar com servidores do estado que quase todos tinham nível superior. Mas, todos tinham a compreensão que trabalhar com endemias onde eles não tinham conhecimento, sempre solicitavam opiniões a nós servidores que compunham a partir daquele momento uma equipe mínima. Todos foram bons companheiros e a amizade perdura até hoje.

          Tivemos vários diretores, mais o que marcou mais nossa estrutura profissional foi a Diretora Dra. Leila Maria Boabaid Levi, uma excelente gestora, política, gosta de fazer a coisa funcionar corretamente, com ela dando chance para nosso pessoal, realizamos várias capacitações nos munícipios da baixada cuiabana. Ela dava total liberdade de fazermos os nossos planejamentos diante da realidade epidemiológica de cada município.

          As capacitações puderam chegar a quase todos os municípios da baixada cuiabana. Como éramos responsáveis pelo SISFAD e SISLOC no Escritório, também éramos referência para outros municípios no estado. E para outros Estados também. Visto que, desde a FUNASA repassou essas atividades para o antigo Subdistrito 1 Cuiabá, recebemos uma capacitação de 30 minutos para digitar 4 atividades de campo, dos 11 municípios: SISLOC, FAD, LEISMANIOSES, e PCDCH que era de doença de chagas. Isso nos proporcionou experiência para repassar para os demais municípios da Baixada Cuiabana. Com isso qualquer profissional aprende todas as nuances sobre o controle vetorial. Somente com as informações retirada dos extratos mensais que produziam esses programas, já sabíamos como intervir nos municípios de acordo com os dados epidemiológicos dos índices de infestação.

          Nos anos de 2003 a 2007, desenvolvemos em Chapada de Guimarães e Santo Antônio de Leverger a Metodologia de Controle do Caramujo Gigante Achatina fulica. Esses 2 municípios pertencentes ao Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana, foram os primeiros a aplicar uma metodologia de controle contra ao caramujo. Inclusive foi o meu TCC Por nome Manual de Controle do Caramujo Gigante Africano ”Achatina fulica”, da Pós Graduação. E por não ter nenhum professor para orientar minha monografia, mesmo assim a UNIVAG me concedeu o CERTIFICADO de Conclusão de Curso. Mas, esse Manual virou livro publicado na www.uiclap.com.

          O Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana, deu todas as condições para que nós acompanhássemos e criássemos fluxo sobre a metodologia de controle ao Caramujo Gigante Africano. Durante esses anos, conseguimos implantar essa metodologia que foi fundamental para esses dois municípios conseguisse controlar a infestação do Caramujo Gigante Africano.

          Nesses mesmos períodos ensinamos alguns colegas dos municípios sobre  SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE FEBRE AMARELA E DENGUE (SISFAD), nosso amigo Sebastião de Jesus, aprendeu muito sobre o tema que passamos a ser referência para a SES/MT, sobre os sistemas SISFAD e SISLOC.

          Participamos de diversas capacitações como instrutores na Escola de Saúde Pública Dr. Agrícola Paes de Barros. 

          Durante esses anos consegui me aprofundar e aperfeiçoar no programa SISLOC – Sistema de Referencial Geográfico, (hoje já não se trabalha mais com esse programa, visto que o cadastramento da localidade é feito diretamente no SINAN) visto que, é uma área que necessita o Reconhecedor Geográfico. Bem como, no programa SISFAD hoje SISPNCD – Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue. Ambos são programas do DATASUS que disponibiliza o governo federal para saber do índice de infestação predial e Breteau no Estado e nos municípios em todo Brasil. (Índice Predial é aquele onde se fica sabendo qual foi o número de imóveis encontrados com larvas de Aedes aegypti, em uma localidade. E, Índice de Breteau é o número de depósitos “criadouros” encontrados com larvas de Aedes aegypti, em uma localidade).

            Particularmente, após todos esses anos chego à conclusão que esses dados tem que ser melhor trabalhado. Tenho a certeza e convicção que os dados estatísticos retirado do verso do croqui é muito mais real do que somente os índices de infestação vetorial. Enquanto, esses índices me colocam somente duas informações (índice de infestação e breteau) o RG através das informações do verso do croqui me dá muitas respostas para realizar um planejamento mais confiável até mesmo mais do que o LIRAa.

          Em 2006 verifiquei que era necessário mais conhecimento sobre nosso objeto, senti que alguma coisa estava faltando no meu conhecimento. Por isso, resolvi fazer Pós Graduação em Saúde Pública e Ambiental, e, através da Universidade UNIVAG foi publicado o meu primeiro trabalho acadêmico CONDEIA “Controle Descentralizado e Intensificado do Aedes aegypti”. Esta proposta de trabalho tem como objetivo realizar a integração no controle da dengue entre ao Agentes de Combate às Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), bem como, trazer o desvelamento da metodologia de controle do mosquito da dengue para toda população “Como ensinar a população o controle do mosquito Aedes aegypti”, onde a população possa participar de fato no controle da dengue. Também traz no seu bojo a metodologia que pode ser repassada as empresas que tenham mais de 05 trabalhadores para que se faça em sua área geográfica o controle do vetor da dengue. 

          No final do ano de 2006 resolvi também buscar o conhecimento na minha área mais especifica de Reconhecimento Geográfico, fui fazer Pós Graduação em Georreferenciamento, foi justamente a área que me abriu a visão de vez por todas, para entender porque é necessário no Serviço Público na área de Saúde Pública e Ambiental a atividade de Reconhecimento Geográfico.

          Em 2007, junto com os trabalhadores da SMS de Poconé-MT, desenvolvemos uma metodologia denominada de LEVIR (Levantamento de Índice Real). Por não concordar com o LIRAa. Os resultados foram positivos diante dos índices de infestação naquele município que solicitava através de seus vereadores, um pedido político sobre a bendita NEBULIZAÇÃO ESPACIAL, para controlar a doença e os índices de infestação na maioria dos bairros de Poconé. Conseguimos provar para os gestores e políticos que os dados coletados através do LEVIR eram dados reais da cidade, e que a dengue estava sendo controlada sem utilização de veneno. Essa metodologia, serviu também para dar base de sustentação ao nosso projeto a Atividade de Reconhecimento Geográfico, sobre outra ótica. E principalmente o projeto CONDEIA e projeto Controle Social ao Aedes aegypti. Esta passou a ser a atividade que tínhamos que quebrar esses paradigmas e mostrar cientificamente, pedagógica, didática e ludicamente que é possivel transformar as atividades de planejamento do território como a peça fundamental no SUS.

          No ano 2010 resolvi aperfeiçoar aquilo que já tinha conhecimento na atividade de Reconhecimento Geográfico, fiz Curso de extensão oferecido pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso em conjunto com a Universidade Federal de Mato Grosso e Universidade Federal de Goiás e a FIOCRUZ com o nome de “Geoprocessamento em Saúde”. Comecei a verificar que muitos dados sobre a atividade de Reconhecimento Geográfico estava faltando lapidar para melhor compreensão dos gestores e trabalhadores da área de saúde. Resolvi escrever meu próprio manual sobre RG que é este que vos apresento.

 

 

De todos os trabalhos até agora engavetados para lançar no momento certo, são cinco que me chama a atenção pela sua capacidade de mudança na metodologia que envolve todos os atores sociais “gestor, trabalhadores, ‘meio ambiente’ população” trazendo no seu bojo economia para o município dentro do serviço público: “Controle da dengue sem utilizar inseticida” este livro era para ser lançado em 2011, “Como utilizar o Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde”, “CONDEIA – Controle Descentralizado Integrado e Intensificado ao Aedes aegypti”, “Metodologia de Controle ao Caramujo Gigante Africano - Achatina fulica” e “Controle químico com ênfase em nebulização espacial a ultra baixo volume (UBV-Leve) para agentes de combate às Endemias e Supervisores de Campo”. Sendo que, estas duas últimas um sério problema de saúde pública a nível nacional. Além desses, temos outros trabalhos que poderão fornecer subsídios à área de saúde: “Uma Educação Especial para o Controle da Dengue sem utilização de Inseticida”, “Proposta de Controle a Doença de Chagas”, “Proposta de Parceria entre área de Saúde e Educação junto as Comunidades Rurais para Vigilância Sentinela no controle de Triatomíneo ‘Barbeiro’ causador da Doença de Chagas” também “ Esquistossomose em Cuiabá” é um trabalho que vem comprovar a presença do hospedeiro da esquistossomose (Biomphalaria straminea) em Cuiabá/MT, visto que não existi em literatura nenhuma até o momento sobre a presença desse vetor em nossa região e por último o projeto LEVIR – Levantamento de Índice Real, (trabalho apresentado com antecedência em virtude de casos de óbitos por dengue em nossas cidades de Mato Grosso) que mostra a realidade epidemiológica em qualquer tipo de localidade, tanto em cidade grande como em cidade pequena. Auxilia o gestor a aplicar com antecedência trabalhos preventivos voltados para que não aconteça óbito por dengue.

          No espaço de tempo entre 2000 a 2009 já com um amplo conhecimento sobre a atividade de Reconhecimento Geográfico, formatei como verdadeiramente, a área de Vigilância em Saúde em nosso país, necessariamente em nosso estado, que precisa de base para continuar o controle e enfrentamento as doenças endêmicas. Tanto que em abril de 2007 apresentei um projeto de treinamento na área de Reconhecimento Geográfico para os gestores da Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Mato Grosso para que fosse realizado junto aos Escritórios Regionais de Saúde no setor de Vigilância em Saúde, não fomos compreendidos pelos responsáveis por falta de conhecimento dos mesmos.

          O ego dos doutos no assunto em certa ocasião proibiram a Regional de Saúde através de documento de parar de inventar a “RODA”. Proibiram o município de construir seu próprio banco de dados através do LEVIR, porque não era possível a SES/MT, aceitar trabalhos paralelos. Assim como também parar com a metodologia de Controle ao Caramujo Gigante Africano nos dois municípios de Chapada dos Guimarães e Santo Antônio de Leverger. Mas, tenho ainda escrito para lançar esse livro sobre a metodologia de Controle ao Caramujo Gigante Africano. Quanto ao Levir, ele está diretamente ligado nas novas abordagens das atividades de Reconhecimento Geográfico e Controle Social ao Aedes aegypti.

          Umas das questões que fez eu mudar de área de trabalho, foi a implicância dos doutos da SES/MT, porque na época o ERSBC produziu muitos trabalhos inovadores que perturbava o ego das pessoas. Portanto, sem deixar de lado meu objetivo parti para outro setor do SUS que era um subsistema, a área indígena de Saúde, solicitei o meu remanejamento para o Distrito Sanitário Especial Indígena, me colocaram em atividades totalmente diferente da minha, que contribuiu de certa forma para ter um outro olhar na administração e gestão pública. Fui ser FISCAL DE CONTRATO com apenas 3 meses no DSEI/CUIABA, mesmo sem saber de nada, como é de costume escrever tudo que está a minha volta, para me situar nessa nova etapa profissional consegui escrever um livro que foi lançado em 2012 “MANUAL DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS – O Gestor Público e o Fiscal de Contrato no Serviço Público”, quem teve a coragem de patrocinar esse livro foi somente o pessoal da Policia Federal através do banco SICOOB, visto que esse banco foi criado pelos servidores da Policia Federal de MT e Mato Grosso do Sul. Um detalhe importante com esse livro, consegui aplicar algumas técnicas desse novo formato de Reconhecimento Geográfico e consegui ver o que é um setor “LICITAÇÃO” o maior meio de PROPINA no serviço público. Ainda bem que consegui sair dessa vida, hoje tenho pena de nossos colegas que assinam pagamento em obras que não é fiscalizada, contrato que não cumpre o que está escrito e por aí vai, a maior sujeira no serviço público. E, por ter conhecimento de causa de gestão pública na área de saúde e conhecer a fundo sobre atenção básica e vigilância em saúde, fomos indiciados na Policia Federal numa área que nem tinha conhecimento de causa “área de licitação”. Somente após 6 anos que fiquei sabendo que tinha sido indiciado na Policia Federal por ter recebido uma mala de dinheiro. Denúncia feita pela coordenadora do DSEI, à época, por uma servidora vagal que nunca foi comprovado nada sobre essa hipótese. Mas, por causa disso, sofremos serias retaliações que perdura até os dias atuais. Pois, a galera do bem, me colocou num setor que não faz nada, se quiser trabalhar temos que inventar serviço como foi o caso da pesquisa realizada na Aldeia Tadarimana, sendo constatado caso de óbito por omissão da gestão, por não colocar em prática a atividade de controle ao mosquito Aedes albopictus na Aldeia Tadarimana, pois entregamos um relatório sobre essa problemática que foi bem claro, caso não desse continuidade nos trabalhos poderia haver óbito. Mas, sempre mantive a tranquilidade, mas vale ser honesto e cabeça livre de pesadelos, do que ter dinheiro com a cabeça pesada por falcatruas no serviço público. Se for por isso acho que vou ficar queimado até a aposentadoria. Mas é o que pretendo, publicar esses livros que foram construídos com o próprio salário e ajuda dos gestores que tiveram essa visão de melhorar o SUS, e quem sabe prestar serviço de assessoria nos municípios para implantação de novas metodologias que sejam viáveis financeiramente e politicamente ao município. Ou mesmo abri uma empresa nesse ramo no futuro.

          Mas, voltando ao nosso tema. Idêntico ao caso de John Snow, médico higienista inglês, considerado um dos pais da epidemiologia, ficou conhecido pela solução dada a um surto de cólera no bairro de Soho, na Inglaterra, baseando-se nos princípios básicos na análise espacial.

          A solução dada por John Snow, em 1854, foi o mapeamento dos casos de morte por cólera relacionando-os à localização das bombas de abastecimento de água, que até então ficavam nas ruas. O que atualmente pode parecer um tanto óbvio, foi marcante ao fundamentar a importância da análise espacial no ganho de inteligência geográfica para o combate do surto de cólera.

          Hoje em 2022, me pergunto até que ponto as novas tecnologias nos possibilitariam novas abordagens para o mesmo conjunto de dados e o mesmo princípio de análise espacial?

          Para mim também custou a acreditar que uma simples tecnologia criada por John Snow, tenha tanta serventia no controle ao Aedes aegypti até os dias atuais.

          Pois faz mais de 20 anos venho batendo na mesma tecla mesmo antes de conhecer a obra de John Snow. Pois, acredito que mesmo com toda tecnologia alcançada até hoje, ainda é de fundamental importância a utilização de CROQUI como ferramenta do ACE em campo.

          Eu, somente vim conhecer John Snow na UFMT no curso de Saúde Coletiva, em 2014. Bem, se esse tipo de formação e informação é prioritário no curso de nível superior, está esclarecido porque em nossas capacitações nunca houve nenhum profissional que mostrasse para nós servidores como se faz um mapa inteligente. Portanto, nossos colegas trabalhadores da área em saúde não têm culpa pelo que está acontecendo nos municípios pelo país afora. Mas, como desde 1988 já conhecia empiricamente essa estratégia e a utiliza na rotina de nosso trabalho, mesmo sem conhecer John Snow, Geoprocessamento em Saúde, Georreferencia nem mesmo o GPS que é utilizado para essas atividades.

          A partir de 2005, eu, sempre tive a convicção, que se os municípios não colocassem a atividade de Reconhecimento Geográfico como ferramenta de trabalho de enfrentamento à dengue, iria acontecer casos de óbitos em vários municípios de nosso Estado. Tanto que na I EXPOVIG em 2008 em conversa com Técnico do CCZ da Vigilância em Saúde da cidade Cuiabá, citei que haveria muitos óbitos na capital do Estado e em Várzea Grande, caso os gestores não tomassem as devidas providencias em relação a dengue, através do Escritório ERSBC, foi enviado documento baseados nos índices da dengue para que o município tomasse outra postura sobre os casos, visto que haveria possibilidade de óbito, caso isso não acontecesse.  Em 2009 apresentei o meu primeiro trabalho relacionado sobre o tema na II EXPOVIG e Amostra de Saúde da Família realizada pela Secretaria de Estado de Saúde coordenada pela COVSAM/SES/MT, com o nome de SISLOC e Reconhecimento Geográfico. A partir da publicação dessa proposta de trabalho a Atividade de Reconhecimento Geográfico e programa SISLOC nos anais da II EXPOVIG é que iniciamos a construir o Boletim Informativo “Reconhecimento Geográfico e SISLOC”, sendo que, o primeiro Boletim Informativo foi apresentado na própria EXPOVIG em outubro de 2009 e até Janeiro de 2010 vinha sendo construído informações sobre o tema a cada mês. Hoje se encontra interrompida por falta de patrocínio. Com esta ferramenta foi possibilitado esclarecer não somente a atividade de Reconhecimento Geográfico, mas também sobre as atividades de controle de vetores. E, consegui verdadeiramente quebrar esse paradigma do RG.

          É importante frisar que: A atividade de Reconhecimento Geográfico está preconizada pelo Ministério da Saúde dentro do Plano Nacional de Controle da Dengue (PNCD), através de atividades com Mapas que nenhum município do Estado trabalha por falta de conhecimento.

          Em 2010 apresentei vários trabalhos na “I mostra de produção socialização técnica e cientifica da Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso”. Inclusive este “Como utilizar o Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde”. Mas, somente um foi aprovado pela comissão organizadora, que também não a culpo, foi pelo desconhecimento da causa. O trabalho que hoje poderia se transformar também em um livro “Distribuição espacial de triatomíneo e a iniquidade do controle vetorial: Proposta de parceria com as escolas das zonas rurais dos municípios do Estado de Mato Grosso, foi aceito pela banca organizadora. Mas ficou somente nisso, quando foi apresentado uma proposta de capacitação, a SES/MT, recuou.

          Mato Grosso está na idade da pedra em relação à área informatizada em Saúde Pública relativo a controle de vetores. Existe estado que está operacionalizando a área de Saúde Ambiental através da atividade de Geoprocessamento. Mas, nós aqui em Cuiabá, Mato Grosso ainda não aprendemos a trabalhar com um simples croqui de localidade. Mas, é importante salientar que isso está em todo país.

          A atividade de Reconhecimento Geográfico é inevitável, pois, ela que dará base de sustentação ao Georreferenciamento, Geoprocessamento e ao Sistema Único de Saúde (SUS).

          É necessário para os mais leigos no assunto entender quando digo o que significa Reconhecimento Geográfico, visto que na atualidade ela pode ser vista como uma atividade muito ampla e complexa. Mas, em relação a dengue ela funciona da seguinte forma: verifique em sua residência quantas são as possibilidades de o mosquito transmissor da dengue estar proliferando (infestando ou procriando) dentro de sua casa. Memorizou quantos criadouros em potencial existe? Faça uma média de quantos criadouros em potencial existe em uma área, localidade, bairro ou zona de trabalho de um agente, em que esse agente é responsável em média por 800 a 1000 imóveis.

          Portanto, nenhum morador e trabalhador verdadeiramente sabe o que existe de concreto em um imóvel porque nós não temos o costume de trabalhar com banco de dados, historicidade do vetor e da doença dentro da localidade. No entanto, os criadouros existem, o mosquito existe e a doença (vírus) está constantemente circulando dentro dessa área geográfica sem que se perceba, porque? Concretamente não conhecemos a nossa área nem mesmo dentro da nossa casa o quanto ela é vulnerável ao mosquito. Os ovos do mosquito Aedes aegypti podem ficar num criadouro dessecados até 450 dias. Esses ovos podem ficar dessecados esse tempo todo, e ao simples contato com água no período de um ano ele eclode e volta a infestar a nossa casa e nossa área geográfica. Por isso, o Reconhecimento Geográfico é fundamental para que possamos entender quais são os mecanismos de proliferação do mosquito em uma área, zona, localidade ou bairro.

          Eu poderia estar em outro local de trabalho, mas queria conhecer a situação ecoentoepidemiologica (não sei se existe essa palavra, mas noutro momento vamos decifra a mesma) da área indígena em relação ao meu objeto de estudo e pesquisa, para ter certeza de que estou falando. A área indígena não tem gestão sobre a área de vigilância em saúde em relação ao controle vetorial. Está-se trabalhando na era da Pedra. A estrutura da SESAI é incompetente em gerenciar essa atividade porque na estrutura de seu organograma não existe atividade preventiva a controle vetorial. Mas, se é um subsistema, tem que ter todas as atividades do Sistema Único de Saúde. Pois, existe um ser humano, ele tem que ser visto como pessoa com os mesmos direitos diante da CF 1988.

          Não se faz gestão com sanitarista que não entende nada sobre o que estamos falando. Enquanto perdurar essa situação quem paga o pato são as pessoas presentes na área indígena. Prática de campo não se faz com Título ou diploma, se faz indo onde está o problema, o título é uma certeza daquilo que foi visto, presenciado, colhido amostra, e mostrar o resultado. E, mostrar um planejamento para ser seguido diante dos fatos reais que acontece na rotina da área de campo.

          Descobri que a gestão e servidores também desconhecem o trabalho com epidemiologia, são leigos no assunto, não existe planejamento sobre atualização ecológica de vetores e epidemiológica dos agravos que podem ser transmitidas pelo Aedes. Muitas as informações são totalmente distorcidas por falta de gestão. São propostas atividades retrógadas ainda do tempo da FUNASA. Mas, isso se deve por falta de capacitação para os gestores e trabalhadores. Cria-se atividades que não resolvem o problema sobre as atividades epidemiológicas e controle vetorial para a área indígena. O que pode estar contribuindo diretamente para a manutenção e adaptações de vetores da dengue, Chikungunya, Zica vírus e outros agravos. Importante salientar que na Aldeia Tadarimana o vetor predominante é Aedes albopictus. E, os restantes das Aldeias, qual é a predominância.

          Se, isso acontece no DSEI Cuiabá, que diz ser Distrito modelo, imagina o restante por essa Brasil afora.

          Esta metodologia foi aplicada na Aldeia Tadarimana em 2016, e identificamos que ao ser colocada em prática ela identifica todas as variáveis possíveis sobre o controle ao Aedes aegypti e albopictus. Ao terminarmos o levantamento repassamos ao Coordenador que não tomou nenhuma providência. Em 2018 aconteceu óbito que poderia ser evitado. Gestores sem conhecimento de causa junto com servidores que desconhecem. O resultado será sempre mais óbito. Enquanto esse pessoal não for capacitado, continuarão leigo no assunto e mais óbito poderá acontecer na área indígena. Mas, não é isso que queremos para a área indígena, e sim uma outra visão holística onde tudo deve estar conectado para salvar vidas e não deixar exposta a vida de um ser humano sem tomar nenhuma iniciativa para proteger.

            Para um servidor público federal que lutou e luta por um Sistema Único de Saúde, lembramos aqui quais são os 3  princípios doutrinários que conferem legitimidade ao SUS: a universalidade, a integralidade e a equidade. A universalidade está ligada à garantia do direito à saúde por todos os brasileiros, sem acepção ou discriminação, de acesso aos serviços de saúde oferecidos pelo SUS.

          Aos nobres colegas solicito que não compreendam isso como uma revolta, mas sim como uma realidade, tanto no SUS como no Subsistema. Porque, vocês são fruto do meio. E, sempre estaremos aqui para auxiliar no que for preciso.

          No serviço público nunca corremos atrás de diária, muito menos de cargo, se fosse escolhido através de conhecimento no bico da caneta, logicamente eu concorreria, porque a Atividade de Reconhecimento Geográfico, a grande maioria dos profissionais e servidores desconhecem por completo, como pode salvar vidas.

          Em 2019, tive a clareza e certeza naquilo que vinha discutindo sobre o Aedes aegypti, encontrei dentro de um sapato (devido a tecnologia de um celular) que não havia saído da sapateira a muito tempo imagens de ovos de mosquito, que ao primeiro contato com água o mesmo se transformou em larva de Aedes aegypti. Confirmou completamente o caminho que venho percorrendo a muito tempo. Como explicar a presença do Aedes aegypti nos imóveis todos os anos. Agora temos como entender que existe essa proliferação todos os anos. Além de que o ovo do mosquito pode ficar dessecado por mais de 1 ano, o mesmo tem colocado seus ovos em todos os possíveis e impossíveis criadouros dentro de nossa casa.

          Mas, para que aconteça uma nova guinada nas estratégias de controle ao Aedes aegypti é preciso alguns itens a ser atualizado. O primeiro passo é informatizar todo segmento que direta ou indiretamente que faz essa atividade. Outra atividade (utilização de veneno) que é necessária à metodologia de combate e controle da Dengue que já está ultrapassada, mais em muitas vezes ainda necessária. Estamos discutindo a mais de 20 anos a preservação do meio ambiente e ainda existem pessoas insensatas que continuam a aplicar veneno no meio ambiente sem aplicar nenhuma alternativa de enfrentamento ao mosquito que seja sem veneno.

          Em Cuiabá, gasta-se muito veneno (larvicidas ou similares) para o controle do mosquito da dengue. Enquanto os gestores não tiver consciência que a mais de 20 anos estamos fazendo isso e não conseguimos de fato evitar que a cada ano aconteça a doença em nosso meio, nada disso é possível para conter o avanço da dengue no período de chuva, pois existe uma lacuna que precisa ser preenchida em Cuiabá e Várzea Grande, que é a falta de um planejamento metodológico relativo a situação geográfica, processo de trabalho, e situação cultural dentro de um mesmo problema na sua temporalidade no município no estado e nosso pais.

          Hoje já não se fala muito mais em dengue, porque a Chicungunya e Zica vírus são os agravos mais badalados do momento. Em levantamento aos inseticidas e larvicidas que foram utilizadas nos últimos cinquenta anos, todos eles foram trocados porque o mosquito, principalmente o Aedes aegypti cria resistência ao veneno quando ele é colocado no meio ambiente por longo período.

          Portanto, a nossa proposta é trazer o serviço público para dentro da casa de todo cidadão que por aqui habita e faz daqui sua casa. É, aqui que existe o problema da dengue, nas casas, no local de trabalho, cada casa tem que ser visto como um caso.

          Vou fazer das palavras de César Souza as minhas através de seu livro “Você é do tamanho de seus sonhos”: Esta obra foi escrita para quem deseja inventar o futuro, em vez de ficar simplesmente tentando adivinhá-lo. Mas, temos que colocar em prática o mais rápido possivel, pois não adianta nada termos um conhecimento dessa importancia se não o colocarmos em prática que beneficia o ser humano.

          Temos que sair do estado de amadorismo em fazer Saúde Pública e partir para o profissionalismo, consciente, com os pés no chão sabedores dos nossos limites e a certeza de que podemos contribuir, e, muito para o Sistema Único de Saúde. Esta obra é para ser o travesseiro de quem realmente quer trabalhar com responsabilidade dentro da estrutura do Sistema Único de Saúde.

          O conhecimento sobre o controle ao mosquito transmissor da dengue é para ser descentralizado, integralizado e intensificado e socializado entre a comunidade e os trabalhadores do SUS. Somente a partir desses preceitos é que verdadeiramente poderemos vislumbrar uma nova estrutura dentro desse sistema que ajudamos a criar um (SUS), mais forte e dinâmico e, aprimorar o mesmo, é nossa tarefa elementar.

          Um dos principais objetivos deste trabalho é contribuir para que não aconteça mais óbitos por dengue, Chicungunya e Zica virus em nossas cidades.

          Acreditamos e comprovamos que a atividade de Reconhecimento Geográfico é a base de sustentação do Sistema Único de Saúde, porque todos os programas informatizados necessitam do código do IBGE para funcionar corretamente e o RG trabalha com o programa “Sistema de Gerenciamento de Localidades” que foi adaptado no SISPNCD que fornece o código de identificação dos bairros, localidades, sítios e fazenda, etc, para que seja realizado a notificação dos agravos no SINAN.

          Nos 22 anos de Descentralização da Vigilância Ambiental aos estados e municípios conseguimos recuperar inúmeras técnicas que foram esquecidas e outras que são necessárias ao Sistema Único de Saúde. Se vamos discutir Saúde, então porque utilizar veneno?

          Lamentavelmente, todas as vezes em que falamos dos objetivos da saúde pensamos em tratar das pessoas Doentes. Isso no público e no privado. Esquecemos que o maior objetivo da saúde é impedir que as pessoas adoeçam.

          A lei que regulamentou a CF foi a 8.080, que definiu, bem claramente, os objetivos do SUS: identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde; formular a política de saúde para promover os campos econômico e social, para diminuir o risco de agravos à saúde; fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação integrando ações assistenciais e preventivas.

A saúde deve fazer estudos epidemiológicos sobre os condicionantes e determinantes da saúde; trabalho, salário, comida, casa, meio ambiente, saneamento, educação, lazer, acesso aos bens e serviços essenciais e divulgá-los. Ao não identificar e divulgar as causas das doenças e seus condicionantes e determinantes, passa-se a atribuir à área de saúde a responsabilidade única pela falta de saúde.

Vou ainda mais longe, a saúde tem que ter um olhar holístico voltado para a interdisciplinaridade, multidisciplinariedade e transdisciplinaridade.

Nos últimos anos realizamos várias analises na atividade de campo do controle vetorial ao Aedes aegypti e confirmamos que não existe planejamento na área de campo que engloba todas as possibilidades reais de visualizar o vetor. Tem-se trabalhado com uma metodologia arcaica que coloca que o ciclo evolutivo do Aedes aegypti é de até 42 dias. Mas, esquecem que ele pode ficar com o seu ovo dessecado a mais de 450 dias. Temos que mudar esse paradigma que o Aedes aegypti fica na face da terra somete até 42 dias e passar para pelo menos 500 dias, ou então para dois anos. Para termos a certeza de que é esse o tempo que esse vetor pode ter e tem em nosso meio ambiente. Nada nos impedi de fazer essa estratégia na prática.

É nosso dever como cidadão de formular possibilidade reais para que a política de saúde passe não somente ao modo a promover, nos campos econômico e social, "o dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação" (Lei 8.080,2,1). Aqui se identifica o poder dos dirigentes do SUS de atuar na política de saúde, interferindo no campo econômico e social.

Finalmente, o SUS tem que se dedicar às ações de assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. E fundamentalmente nas ações de prevenção a coletividade, como é o caso do Aedes aegypti.

As empresas terão um papel fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti, pois este material embora separado é uma extensão do CONTROLE SOCIAL AO AEDES AEGYPTI e Controle Descentralizado, Integrado e Intensificado a esse vetor que está hoje presente em 100% dos municipios brasileiros e 130 paises.

Sem perceber, mas percebendo, a conotação do texto sobre CÓLERA que aconteceu na Inglaterra em 1854, foi colocada através do texto de John Snow, para conhecimento dos profissionais de saúde. Pois, o texto nos passa a amplitude real da atividade de Reconhecimento Geográfico. Onde consegue-se identificar com certeza absoluta onde estavam os poços contaminados. Mas isso, nunca passaram para nós servidores de controle ao Aedes aegypti nos treinamentos e capacitações.

Discutimos sobre o COLERA superficialmente nas capacitações. Mas, muito superficial, o texto nos dá uma melhor compreensão sobre o tema.

Quando discutimos que este material vai quebrar todos os paradigmas no controle vetorial na face da terra. Vou explicar melhor resumidamente.

Pegue uma laranja lance acima da cabeça por pelo menos 3 metros, mais que volte de novo para a sua mão.

Veja, você está num local em cima da terra, num país, estado, municipio, cidade, localidade, então você está dentro de um território especifico.

Ao lançar a laranja voce está ocupando o espaço e ao mesmo tempo está sincronizando o tempo de espera para que a laranja caia diretamente na sua mão.

Todas essas nuances foi realizada somente quando você lançou a laranja para o alto que voltou a sua própria mão.

O que isso tem haver com John Snow o telescópio James Web e a Atividade de Reconhecimento Geográfico, nos paises, nos estados, nos municipios, nas cidades, nos bairros e no local onde você se encontra.

John Snow foi perspicaz em prosseguir com a sua convicção que não era por miasma que a doença cólera estava sendo transmitida. Ele utilizou sua teoria e somente após 20 anos pode comprovar que somente o tempo e espaço pode explicar com exatidão como estava acontecendo a cólera naquela época. Ele utilizou o tempo e espaço para comprovar que os poços que eram os responsáveis pela cólera.

Telescópio James Web que custou R$10.000.000,00 (Dez milhões), vai ficar em uma zona denominada Legrand onde verá até nos confins do universo em torno de 13 milhões de ano luz. Portanto, ele está ocupando o tempo e espaço para decifrar para a humanidade como pode ter surgido o nosso universo, vai realizar o maior estudo sobre o cosmo que jamais foi realizado pelo ser humano.

Aí temos a atividade de Reconhecimento Geográfico que realiza tudo que está situado no tempo e no espaço na face da terra, para explicar nos mínimos detalhes desde o ovo do Aedes aegypti até sua possibilidade de viver 42 dias? Não ele vai ser materializado pelas práticas de John Snow e a confiança do telescópio James Web que mostrará todas as facetas desse vetor na face da terra no tempo e no espaço.

 Que DEUS ilumine e abra as janelas para cada trabalhador, trabalhadora, estudante, professor, o douto, o leigo que escolher trilhar este caminho. Educação, Educação é o grande e longo caminho que precisa ser percorrido para podermos ver com maior clareza que o veneno não pode fazer parte de nosso meio ambiente que estamos discutindo ser um meio ambiente sustentável. Quebre seus Paradigmas.

 

Resumo

 

          A atividade de Reconhecimento Geográfico, ainda estão com as informações que vem desde o tempo da SUCAM, FUNASA, todas as informações que hoje estão disponíveis já não satisfazem as nossas necessidades para desenvolver com relevância as atividades de campo. Informações sobre a ecologia de vetores e do ser humano, nem são citadas.

          Mesmo, os técnicos que desenvolveram esses manuais eram pessoas que olhavam o RG como uma ferramenta criada para determinar a localização e classificar de acordo com especificações que datam de 1993. Era a sua época isso necessário. O que era certo naquela época hoje já não tem razão, seguir ao pé da letra aquela metodologia de Reconhecimento Geográfico (RG).

          O RG é atividade prévia e condição essencial para a programação das operações de campo, de pesquisa entomológica e tratamento químico. A finalidade básica é identificar a localidade, registrar informações sobre o número de quarteirões e imóveis existente por tipo. Material necessário: mapa, boletins, pranchetas, lápis de cera, tinta, lápis, borracha, bolsa de campo. Este consta em um manual de Santa Catarina datado de 2007.

          Já as Diretrizes Nacional para Prevenção e controle da Dengue, não tem nenhuma referência sobre a atividade de Reconhecimento Geográfico, com maior profundidade para ser utilizada pelos ACE hoje em dia. Tem-se as novas tecnologias mais não são utilizadas por falta de vontade política.           

          Hoje precisamos de mais informações que possam subsidiar essas atividades o mais rápido possível, das situações que são coletadas em campo e não são colocadas no verso do croqui, porque as capacitações sobre essa atividade nunca foi prioridade para o controle vetorial. O máximo que se chegou até agora é dizer que o Reconhecimento Geográfico é importante. Mas de que forma ele é importante? Para sanar todas as dúvidas em relação a esta nova estratégia aqui proposta, utilizaremos atividades que foram cientificamente comprovadas por John Snow para não ter a menor dúvida que nós precisamos mudar o conceito, mas não somente o conceito e sim mudar o paradigma, sobre a atividade de Reconhecimento Geográfico. E, utilizar novas estratégias que é o livro que completa esta obra o “Controle descentralizado, integrado e intensificado ao Aedes aegypti e Controle Social ao Aedes aegypti. Neste livro foram desenvolvidas outras alternativas metodológicas que buscam uma compreensão sobre a ECOEPIDEMIOLOGIA e a atividade de Reconhecimento Geográfico, que é muito mais do que estamos acostumados a ver, coloca-nos o PLANEJAMENTO como uma nova estratégia de controle vetorial, utilizando várias alternativas que estão ao alcance de nossas mãos, através de uma lógica de controle integrado e intensificado ao Aedes aegypti.

          O início desse processo do que denominamos de Reconhecimento Geográfico, que tem o TERRITÓRIO como base de sustentação através da atividade de RG. “O território é o chão e mais a população, isto é uma identidade, o fato e o sentimento de perceber àquilo que nos pertence. O território é a base do trabalho da residência, das trocas materiais e espirituais e da vida, sobre as quais ele influi. Quando se fala em território deve se entender que está falando em território usado, utilizado por uma população (Milton Santos 2000).

          A atividade de Reconhecimento Geográfico está diretamente ligada ao planejamento das atividades de Vigilância em Saúde que engloba todas as ações que devem ser realizadas em campo.

          Como diz Tsun Zu em a Arte da Guerra, você não pode entrar em uma guerra sem antes conhecer primeiro você mesmo, depois o território, as suas armas, seu contingente e seus colaboradores, e fundamentalmente conhecer seu inimigo. Veja, que são várias as alternativas antes de realizar qualquer tipo de enfrentamento.

          O que determina muitas batalhas também e conhecer o inimigo. Mas, neste caso conhecemos superficialmente em situações separadas: onde conhecemos na prática o Aedes aegypti é de ovo até alado que vive em torno de 42 dias. E na teoria o ovo que pode ficar dessecado até 450 dias.

          Para o projeto CONDEIA vamos abrir a discussão, por compreendermos que é o elo de ligação que faltava. A perspectiva de 500 dias é uma realidade imutável que ninguem ainda conseguiu visualizar que propiciou que todos os 5570 municipios do Brasil. Bem como os 130 paises com presença do Aedes aegypti.

 

 

Palavras-chave: Controle Descentralizado, Integrado Intensificado, Vetor

 

 

Nossos Usuários

Nossos usuários são os gestores, coordenadores, supervisores gerais, supervisores de campo, Agentes Comunitário de Saúde, Agentes de Combate às Endemias e a população que é a mais afetada com a doença dengue em sua residência. 

LIVROS PUBLICADOS

 

1 - Manual de Gestão e Fiscalização de Contratos – Gestor Público e o Fiscal de Contrato no Serviço Público – Lourenço Santana da Silva – 2012

2 - Atividade de Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde;

3 - Controle Descentralizado Integrado e Intensificado ao Aedes aegypti

4 - Controle Social ao Aedes aegypti como prevenção a dengue, chigungunya, zica vírus, microcefalia e outros agravos

5 - Novas Estratégias de controle ao Aedes aegypti

6 - Hortas Plantas e frutos medicinais, xamanismo na gestão na área indígena

7 - Geoprocessamento em Saúde na área indígena

8 - Estratégia de Gestão nos Distritos Sanitários Especial Indígena do Brasil

9 - Controle de Pragas em área de difícil acesso

10 - Combate Controle e Prevenção ao Caramujo Gigante Africano – Achatina fulica na cidade de Santo Antônio de Leverger-MT

11 - Banheiro com fossa séptica Biodigestora para localidades de difícil acesso

12 - Manual das Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti

13 - Novas Estratégias de Reconhecimento Geográfico para os 5570 municipios brasileiros e 130 paises com Aedes aegypti

14 - Mais vale 10 minutinhos de um sábio de que a vida toda de um tolo

História do Projeto

Desde da época dos anos 80 quando estava trabalhando no Banco Bradesco já tinha a ideia de trabalhar no serviço público. Como apareceu a oportunidade de participar de uma seleção para trabalhar na época da SUCAM, participei da seleção e consegui passar e iniciei a trabalhar no Distrito Técnico de Cáceres-MT. logicamente se não tivessemos a ajuda do meu amigo DENIS, isso seria impossivel, pois na parte da manhã meu nome não estava na lista nem de classificados, mas devido a erros na parte da tarde meu nome estava na lista. Pois, a prova do teste seletivo foi muito fácil, e eu tinha pleno conhecimento que de acordo com as perguntas eu não deveria ter errado nenhuma.

Então, desde 1985 quando fui participar do primeiro curso "Febre Amarela" em Cuiabá, com professor Benedito que era o atual coordenador da SUCAM na época, já percebi que era um campo de trabalho muito amplo na saúde pública, pois quem tinha um pouco de conhecimento poderia se sobressair diante dos demais, pois a grande maioria do pessoal que estava participando do curso nessa época era aqueles que tinham apadrinhamento dentro da instituição e muitos não tinha nem o 2º Grau na época. Somente estavam ali para participar para ganhar um curso de presente. Mas, alguns tinham interesse de aprender.

Após o curso fomos para uma equipe de Controle de Febre Amarela para realizar pesquisa de campo. Com o tempo essa atividade foi implatado o serviço de Vigilância de controle ao Aedes aegypti do agravo Dengue. Foi nessa época que passou a ser chamado de Programa de Controle da Febre Amarela mais Dengue. Mas, como existia uns loucos no Ministério da Saúde na época, mudaram para o Programa de Erradicação de Mosquito Aedes aegypti. (PEAa).

Como essa atividade não teve exito voltaram de novo para a um programa amplo onde colocava o Aedes aegypti como principal alvo. Dai iniciou com o nome de Programa de Controle de Febre Amarela e Dengue (PCFAD). Dessa época em diante o Ministério da Saúde, fazia várias orientações sempre sob o égide da OMS.

Nesse periodo o Dr, Francisco Mario Monteiro Fortes  que era o coordenador da então FUNASA  teve a ideia de criar o curso de Supervisor de Endemias, este foi o primeiro e único curso dessa natureza, onde todos os servidores tinham como participar democraticamente, foi feito a seleção dos servidores de Mato Grosso na Escola Liceu Cuiabano, onde houve a primeira seleção em cada DTA e quem passou foi fazer a primeira seleção em Cuiabá. Onde ficou somente 80 servidores, sendo que na terceira fase era para ser classificados somente aqueles que alcançasse uma pontuação minima que a equipe do professor Djalma estava a frente da execução dessa atividade. Isso aconteceu no ano de 1993. Parcipamos durante tres meses desse curso que foi muito proveitoso para aqueles que queriam aprender, pois grande parte daqueles que participavam  somente por participar, pois já tinham cadeira cativa dentro da instituição. Mas, foi um fato lamentável que aconteceu onde alguns colegas que já trabalhavam de supervisor não conseguiram passar na seletiva e mesmo assim continuavam no cargo, por causa do puxa saquismo que era o que dominava na época.