ESTE SEMESTRE SERÁ APRESENTADO UM PROJETO DE MENTORIA PARA AS NOVAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE AO AEDES AEGYPTI
A MENTORIA SERÁ APRESENTADA AINDA ESTE PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022
A ESTRUTURA DE BASE DA MENTORIA - NOVAS ESTRATÉGIA DE CONTROLE AO AEDES AEGYPTI
A publicação das “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti” é apenas o início dessa jornada que visualizamos no controle a esse mosquito. A partir do momento que compreendemos a complexidade desse enfrentamento, foi necessário debruçar em pesquisa para termos em mãos algo que está enraizado em nosso meio a mais de 100 anos.
Tínhamos que dar um passo de cada vez, construímos uma base solida para a Vigilância em Saúde, para que pudéssemos ter disponível para todos os envolvidos o conhecimento sobre território que fomos buscar em três autores que conhecem com maior profundidade o “TERRITÓRIO” e suas nuances. Visto que: é aí que parece que nós sabemos daquilo que está a nossa frente, mas, é uma falsa ilusão do que aprendemos até os dias atuais. Os autores Sun Tzu em “A arte da guerra”, nos ensina todas as técnicas de fazer esse enfrentamento dentro desse território. O mestre Dr. Milton Santos nos mostra como entender a complexidade do território e suas interações com o nosso meio. O autor Dr. John Snow, nos ensinou que com as técnicas mesmo sendo simples devem ter a persistência de para colocar em prática nem que demore muitos anos. Ele acabou dando início a essa epidemiologia que conhecemos hoje. E, foi a mais clara e simples lição que deixou para a humanidade a obra que pode ser usada por qualquer leigo no assunto que vai entender tudo relacionado a Vigilância em Saúde que acontece dentro de um território.
E, como escolhi esse campo de atuação, tínhamos que correr atrás de conhecimento sobre o nosso objeto, “Aedes aegypti”. Muitos na área de Saúde Pública escolheram a área de biologia para conhecer o vetor. Mas, eu já tinha compreendido o tanto que era complexo o enfrentamento a esse mosquito, por isso procurei o curso de “Ciências Sociais e Sociologia” para num outro momento entrar no conhecimento sobre uma especialização na área de “Saúde Pública e Ambiental”, mesmo assim senti que faltava compreender dentro desse território a questão do espaço tempo, fui procurar através de Pôs graduação em “Georreferenciamento” e “Geoprocessamento em Saúde”. Mesmo assim ainda precisava compreender como isso se desenrolava embaixo de nosso nariz e não conseguia entender porque todos os anos tínhamos as mesmas explicações para os óbitos que vinham acontecendo nesse período, muitos diziam que era uma doença sazonal, onde a cada ano acontecia casos, menos ou mais num território. Tive que buscar conhecimento na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no curso de “Saúde Coletiva”, a procura da Ecologia, para compreender a Ecologia do ser humano e de vetores. Pois a dimensão que o curso nos proporciona para entender o Sistema Único de Saúde (SUS), aprofunda o conhecimento sobre território e fundamentalmente sobre os determinantes e condicionantes na área de Vigilância em Saúde.
A partir de então dei início ao que vinha aprofundando e separei o que já tinha anotado e escrito desde o primeiro curso sobre o Aedes aegypti em 1985 e o primeiro “Mapa de Conjunto” do município de Vila Bela da Santíssima Trindade em 1988. Nesse mapa tínhamos o número de habitantes por faixa etária, número de localidades e a distância de cada uma delas, os agravos que estavam presente nessas localidades, até mesmo as datas comemorativas das festas que existiam dentro desse território, tinha uma anotação que até então eu ainda não tinha entendido que era a época de chuvas, visto que se ficássemos do outro lado do Rio Guaporé, praticamente ficaríamos parado em torno de um mês até esperar as águas abaixarem para poder atravessar de barco. Então depois entendi que o índice pluviométrico serviria para entender o porquê o Aedes aegypti aparecia com vários agravos dentro de uma localidade após mais de ano sem sua presença. Pois, muitos falam e publicaram que o número de criadouros em um imóvel é de 80% a exemplo da Fiocruz. Mas, devido a conhecer in loco a disposição desses criadouros em maior parte do ambiente de trabalho de campo chegamos a um denominador que nos imóveis onde habitam as pessoas, onde 98% são criadouros de fácil acesso, 1% é de outros tipos de criadouros e 1% é os criadouros de difícil acesso. Então veja o link sobre a pluviosidade e os criadouros que existem em nossos imóveis. O que falamos imóveis já existe uma denominação criada pelo Ministério da Saúde que são: Residência, Comercio, Terreno Baldio, Ponto Estratégico e Outros. Portanto, não a necessidade de criar outros parâmetros sobre essa estratégia. Mas, há a necessidade de criarmos novos conceitos sobre os criadouros que hoje são determinados por 7 letras: A, B, C, D1, D2, E e F. Por isso readequamos essa possibilidade para 03 categorias de criadouros: Acessíveis, inacessíveis e outros tipos de criadouros. O que se compreende como a lógica da existência desses criadouros no meio ambiente. O que significa dizer que fica muito mais fácil identificar e qualificar e quantificar o número de criadouros em qualquer ambiente.
E, para colocar isso em prática somente é possível no coletivo, onde já tenha uma base estrutural de encaminhamento que está no subconsciente das pessoas que hoje já é de maneira natural. E, por causa que todas as ideias que temos sempre socializamos em nosso meio, e, já sabíamos que se apresentasse ao maior número de pessoas elas compreenderiam essa base sobre os 10 minutinhos por semana você consegue controlar o Aedes aegypti. Desde o momento que encontramos uma maneira de colocar isso em prática, decidimos aprofundar esse entendimento para desenvolver o Calendário Ecoepidemiológico e o Check List, que era para dar continuidade a estratégia dos 10 minutinhos por semana você consegue controlar o Aedes aegypti. Pois, desde 2000 quando iniciamos trabalhos em escola municipal, desenvolvemos a tecnologia de 10 minutinhos por semana, que hoje já está no subconsciente das pessoas, visto que era um passo muito importante para que pudéssemos preencher esse conhecimento em pelo menos 50% (cincoenta por cento) dos 05 (cinco sentidos), pois o ser humano desenvolve seu subconsciente igual a uma criança, tem que ver, sentir, ouvir para que possa entender perfeitamente o que faz sentido e se torna a sua verdade. Pois, com o Calendário Ecoepidemiológico e o Check List isso se torna realidade de outros 50% (cincoenta por cento), que faltava para o controle ao Aedes aegypti.
Eu, nunca tive medo de apresentar esses tipos de estratégias, por causa que estávamos em fase de desenvolvimento dessas técnicas para complementar em forma de triangulo neste universo: 10 minutinhos por semana, Calendário Ecoepidemiológico e Check List. Mas, precisa ser apresentado de forma lúdica, pedagógica e didática onde pode ser aplicado em todas as camadas da sociedade sem restrições. Que ao ser colocado em prática a pessoa utilizasse seus sentidos para confirmar que é possível sim controlar o Aedes aegypti com essas “Novas Estratégias de controle ao Aedes aegypti”.
Mas, para chegar a esse entendimento foi necessário muito, mas muito estudo e pesquisa documental, internet, pesquisa de campo, acompanhamento de estratégias. Entrar em outras áreas que até hoje não foi utilizada para fazer capacitações aos profissionais da área de saúde, como exemplo a Programação Neurolinguística (PNL), para compreender e entender e repassar esse tipo de conhecimento ao ser humano. Visto que: o que foi repassado as pessoas nesses últimos 30 anos foi que todas as estratégias até então para o controle ao Aedes aegypti, não estão dando mais resultados, por isso, as “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti”, chegam não somente para os profissionais da área de saúde e sim para todos que quiserem ter esse conhecimento, bem como para todos os países que tem presente no seu território o Aedes aegypti.
As “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti”, além de ter a dinâmica de controle vetorial, trás a tona uma discussão sobre a população que está dentro desse território. Pois, o IBGE que é o órgão responsável pelas informações de habitantes que é utilizada para que os municípios recebam os repasses federais via percapita, realiza a atualização do banco de dados da população residente a cada 10 anos, daí pra frente vai se trabalhando essas informações com as estimativas. Sendo que a maioria dos municípios muitas das vezes atendem uma população bem maior do que aquela que está na estimativa do IBGE.
Temos visto que as questões relacionadas ao território trabalhado tem-se passado mais de século e ninguém ainda colocou a mão na ferida, pois os municípios muito deles ainda trabalha as localidades de outro município muitas vezes sem conhecimento ou desconhecimento. Mas, hoje com as atividades que são desenvolvidas pelos ACE e ACS é possível regularizar essas questões desde que exista um trabalho sincronizado entre a Vigilância em Saúde e os gestores municipais. Portanto, as “Novas estratégias de controle ao Aede4s aegypti” é uma ferramenta que falta ser implantada nos municípios para que o mesmo seja regularizado em primeiro momento o seu território. Pois, podem ser criados software como o Sisvetor e outros de natureza com as mesmas ideologias da OMS que de nada vai adiantar, porque a grande maioria dos municípios brasileiros houve desmembramentos em seu território, para um ou outro município e até hoje as nossas tecnologias ainda não tem informações que falam a realidade. Por isso, criamos o livro Atividade de Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde, que foi justamente para que pudéssemos criar uma base estrutural fundamentalmente com as informações do TERRITÓRIO, que são as bases de todas as coisas que acontecem dentro de um município.
Eu digo com certeza que se um município tiver suas informações sobre a verdade sobre seu TERRITÓRIO, sua população atendida terá condições de realizar as atividades voltadas para a Saúde Pública de forma na Descentralização, Regionalização e Hierarquização. E, através da Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência, integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema, preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral, igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie, direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde, divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário, utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática, participação da comunidade e descentralização politica administrativa, com direção única em cada esfera de governo. Portanto, já temos estratégias no SUS que garante todas essas atividades que muitas ainda não são aplicadas.
O projeto Arbocontrol é excelente. Mas, ainda caminha na mesma direção das estratégias da OMS/OPAS/MS. Estão sofisticando o mecanismo de operação das atividades de campo, para chegar num mesmo lugar. Estão dando volta em cima de um vetor que está a mais de 100 anos presente neste meio ambiente e já fez as adaptações sobre as metodologias de controle aplicadas até o momento. (desde o ano 2012 a OMS já tinha publicado essas novas estratégias que eram para ser aplicadas de 2012 a 2020)
Se quiserem melhorar esse projeto (Arbocontrol) tem que colocar a disposição dos trabalhadores a estratégia de (Indice pluviométrico) de fácil praticidade e entendimento. A Atividade de Epidemiológica realizada por John Snow – Estratégias de Dr. Milton Santos sobre o território. Estratégia Pavloviana por nós desenvolvida – Calendário Ecoepidemiológico e Check List para socializar com a população as “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti”.
Observação: a Atividade de Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde pode trazer recursos financeiros aos municípios, quando puder comprovar as informações sobre a população residente em seu TERRITÓRIO.
Portanto, as “Novas estratégias de controle ao Aedes aegypti” não é somente para esse vetor e sim para a “Vigilância em Saúde”.