LIVROS DISPONIVEIS
Atividade de Reconhecimento Geográfico na Vigilância em Saúde
A atividade de Reconhecimento Geográfico (RG) é uma linguagem universal que está intrínseca e extrinsecamente no cérebro do ser humano que utiliza essa ferramenta diariamente sem saber, sabendo o que está fazendo, até a simples vontade de ir ao banheiro até ir a um supermercado, dirigir um carro, fazer deslocamento para realizar suas atividades de lazer ou trabalho. Você nunca mais ficará perdido em qualquer lugar que esteja na cidade ou no campo, pois este material didático te ensinará a encontrar seu objetivo. Dificilmente utilizamos o SOL como nosso astro REI, que pode nos direcionar para qualquer parte do mundo, pois ele que nós dá toda energia para encontrarmos qualquer coisa no universo.
Por isso, estamos possibilitando a qualquer pessoa saber como é que acontece isso na prática e levando para o SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) para fundamentar sua estrutura sobre o que fala o professor Dr. Milton Santos e Dr. John Snow, sobre o território. Para simplificar o planejamento da área de saúde. “Reconhecer, conhecer fica mais fácil de entender aquilo que você quer ver”.
A presente obra é uma contribuição ao SUS onde preencherá algumas lacunas que estão abertas na Vigilância em Saúde, no controle a vetores fundamentalmente no controle ao Aedes aegypti. A descontinuidade do controle vetorial após a descentralização das ações da Fundação Nacional de Saúde para os Estados e municípios, tiveram consequências graves que perduram até os dias atuais. Corolário a isto, o aparecimento de mais agravos transmitidos pelo Aedes aegypti, tem propiciado novas doenças que estão correlacionadas a dengue: visceral, miocárdico, pleural, encefálica e as mais perigosas às neurológicas.
Antes da descentralização o controle da Doença de Chagas era tido como prioridade Atualmente, estamos vendo que a falta de investimento na prevenção e controle, não somente na atividade de controle de Doença de Chagas, tem surgido casos de óbitos fulminantes, bem como o aparecimento de outras patologias antes controlada e outras que persistem em nossa sociedade que em pleno século XXI faz com que nossa população conviva com doenças seculares como a LEPRA hoje denominada de Hanseníase.
Os programas verticalizados estão propiciando ao Aedes maiores condições de adaptabilidade em todos os sentidos, seja com veneno/inseticida/larvicida/repelentes, midia etc. E, a própria estratégia utilizada que não consegue controlar o Aedes aegypti.
Há um vazio no recorte temporal nessas últimas décadas na saúde pública, que é inevitável não citar inicialmente. Estamos na era tecnológica, mas estamos trabalhando ainda como se estivéssemos na era da Pedra. Por isso, teremos que voltar no tempo e espaço, no ano de 1854 para aprender com John Snow, como se trabalha a área de epidemiologia com mapas temáticos. E o ACE diretamente com seu CROQUI da área de campo, na atividade de identificar os agravos e infestação do Aedes aegypti e a existência quantiqualitativa de criadouros dentro de seu território.
Para compreendermos a atividade de Reconhecimento Geográfico, é necessário estudarmos, como John Snow conseguiu criar a Epidemiologia que hoje aplicamos na Prática. Como aplicar esse conhecimento na pratica de campo no verso do CROQUI. E, como criar um planejamento da minha área de trabalho com essas informações que podem ser adicionadas no verso de um croqui de localidade.
Se antes não tínhamos um parâmetro cientifico, está mais que comprovado que as experiências de campo de John Snow, pode nos auxiliar a entender nosso território de trabalho, utilizar a tecnologia existente, parcerias, como a do IBGE, etc. Boletins totalmente produzidos pela inteligência artificial que pode mudar por completo o trabalho de controle vetorial na área de campo. Estamos falando do trabalho de nossa era digital que muitos municípios nem sabem como aplicar na área de campo um simples croqui de localidade.
Nesse período de PANDEMIA, os casos de óbitos por agravo transmitido pelo Aedes aegypti pode ser atribuído ao COVID-19. Por isso, não houve mais óbitos pelo Aedes.